sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

PERNAMBUCO

Relevo
O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa. No Agreste há picos com 1200 m de altitude. O Planalto da Borborema tem altitude média de 600m, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de 800m. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m.
A
Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo Aziz AbSaber como Domínio dos Mares-de-Morro.
A principal formação geológica na faixa de transição da
Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, porém, trata-se da borda ocidental do Planalto da Borborema, domo que corta alguns estados do Nordeste.
O
Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).
No
Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares।

Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para oeste: praias protegidas pelos recifes; uma faixa de
tabuleiros areníticos, com 40 a 60m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200m no sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas, chamadas planícies aluviais. Fortes contrastes observam-se entre os solos pobres dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola।

Planalto da Borborema
Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.
A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o maciço dômico de
Garanhuns, que supera a altitude de 1।000m.

O Estado está inserido na zona intertropical, logo apresenta predominantemente temperaturas altas, todavia o quadro climático é bem diversificado devido à interferência do relevo e das massas de ar। Na

CLIMA

Zona da Mata o clima é predominantemente pseudotropical, com fortes chuvas no outono e inverno. Já no Agreste as condições climáticas são diversificadas por ser uma região de ecótone, apresentando áreas mais úmidas e outras mais secas, onde predomina o clima semi-árido. No Sertão, o clima é semi-árido quente, devido à retenção das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África (tépida caalariana ou TK), entre outros fatores menos importantes.
Pernambuco tem uma área de 87.317 km²
[6]localizados no chamado Polígono das Secas, que se estende do extremo norte de Minas Gerais, até o Piauí e está sujeita a secas periódicas. Essa área corresponde a 88,84% do território pernambucano, ocupando as regiões do agreste e sertão. É a região com as menores e mais irregulares precipitações pluviométricas. A média anual não supera os 600 mm, com o registro vários anos em que as chuvas não alcançam os 200 mm anuais e, muitas vezes, ocorrendo num curto período de 5 a 10 dias.
No agreste e sertão aparecem áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com temperaturas que podem chegar a 8°C durante o inverno
[9] , como Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude. Outra exceção é a mesorregião do São Fransisco, mais úmida que as circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente dele.
Municípios como
Triunfo, Poção, Capoeiras, Caetés, Garanhuns, Lajedo e Saloá são classificados como Cw'a ou Cs'a (temperatura média do mês mais frio abaixo de 18°C. Curiosamente, tais classificações são de clima mediterrânico, incomuns na região.
Por influência das massas de ar úmido com ação no inverno, a
Zona da Mata e o Agreste tem chuvas concentradas durante a estação mais fria।

A vegetação

litorânea do estado de Pernanbuco apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneias e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.
Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru

Hidrografia
Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na Região Metropolitana do Recife. Na periferia do município do Recife encontram-se dois belos cartões postais do município, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco, localizado na mesorregião Agreste, próximo ao município de Surubim. Os manguezais são abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 90, houve um programa de re-implantação do mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por toda o município।

Lista de rios de Pernambuco
São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação.

LITORAL
É característica do litoral norte suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras, bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha। Ambas as ilhas têm estações de pesquisa ambiental.

Economia de Pernambuco

Evolução do PIB
A economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, têxtil).
A economia de Pernambuco, após ficar estagnada durante a "década perdida" de
1985 a 1995, vem crescendo rapidamente do final do século XX para o começo do século XXI. Em 2000, o PIB per capita era de R$ 3.673, totalizando um crescimento de mais de 40% nesse período, e mais de 10% ao ano.
Desde o início da dominação
portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando.
Vêm sendo explorados recentemente novas fontes de
extrativismo , além de floricultura e o setor industrial em torno da empresa de Suape, fundada em 1979. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos. Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional, com grande capacidade para aviões cargueiros do município. O município de Gravatá é um dos principais produtores de flores temperadas do Nordeste . [14]
O crescimento da monocultura de cana-de-açúcar (aumento de 20% entre a safra de 1999 e a de 2000) vem diminuindo a cada ano, e eventualmente será nula, posteriormente tendendo a regredir. Perde espaço para a indústria , comércio e serviços no estado.

Indústria e tecnologia
Entre 1997 e 1999, a empresa de Suape - grande complexo industrial e portuário do litoral sul do estado - teve crescimento de 16,7%. O estado tem a segunda maior produção industrial do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial do estado foi o segundo maior do Brasil - 6,3%, mais do dobro da média nacional no mesmo período (2,3%). Recentemente Pernambuco foi escolhido para a implantação de unidades das seguintes empresas, entre eles o maior estaleiro do hemisfério sul , o Estaleiro Atlântico Sul:
Petrobrás e PDVSA - Refinaria;
Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Samsung-Estaleiro Atlântico Sul;
Hemobrás - Fábrica de Hemoderivados;
Novartis - Fábrica de Vacinas;
Bunge - Moinho;
CSN - Siderúrgica;
Gerdau - Usina;
Mossi & Ghisolfi - Fábrica de resina PET.
Outro segmento que merece destaque é o da extração mineral. O pólo gesseiro de
Araripina é o fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.
O pólo de informática do
Recife - Porto Digital - apesar de criado há apenas 6 anos, está entre os cinco maiores do Brasil . Emprega cerca de três mil pessoas, e tem 3,5% de participação no PIB do estado।

Agropecuária

Cultura de Uva no São Francisco
Entre os principais produtos agrícolas cultivados em Pernambuco encontram-se o algodão arbóreo , a banana , o feijão , a cana-de-açúcar , a cebola , a mandioca , o milho , o tomate e a uva . Na pecuária destacam-se as criações de bovinos , suínos , caprinos e galináceos
Merece destaque, em Pernanbuco, a expanção que vem tendo a partir dos anos 70 da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco com projetos de irrigação hortifrutícolas implantadas com o apoio da CODEVASF .São grandes os investimentos aplicados em uma produção voltada para o mercado externo . Sobressaem-se frutas ,como: acerola , graviola goiaba , manga , melão , melancia e a uva

Mineração
argila, água mineral caulim, calcário, ferro,gipsita, granito, ouro e quartzo . O município de Araripina destaca-se pela extração mineral da gipsita onde a região do sertão do araripe localizam-se as maiores reservas do país, e é fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.

Papel de Centralizador Econômico
Por sua posição geográfica e disposições históricas, o estado atua como um centralizador econômico no Nordeste há séculos. Num raio de 300km do
Recife, vivem 12 milhões de pessoas, R$ 54,7 bilhões de PIB , mais da metade dos centros de pesquisa da Nordeste, quatro grandes portos e dois aeroportos internacionais. Ao estender o raio para 800 km, se concentra 90% do PIB de toda a região Nordeste.[18] Isso se deve principalmente à posição central do estado e da RMR em relação ao Nordeste e da proximidade da cidade do Recife de outras capitais de estado como João Pessoa e Maceió, além de importantes centros urbanos interioranos como Campina Grande, Caruaru, Garanhuns e Arapiraca

Transportes
A principal forma de transporte do estado são rodovias. As mais importantes são a BR-101, que, avançando pela costa pernambucana, liga o norte ao sul do estado, passando pela RMR, e a BR-232, ligando a capital ao interior do estado, no sentido leste-oeste.

Aeroporto Internacional do Recife

Aeroportos
O estado tem dois aeroportos internacionais. O
Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre é o maior aeroporto do Norte-Nordeste, com uma pista de 3305 m e capacidade para 5 milhões de passageiros ao Aeroporto de Petrolina possui a segunda maior pista de pouso do Nordeste e o seu principal emprego é no transporte da produção de frutas do Vale do São Francisco para o exterior.

Portos
Pernambuco apresenta dois portos marítimos: o de Suape, segundo maior do Brasil, localizado no município de Ipojuca, e o do Recife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início ao Recife.

Malha viária do estado

Rodovias
Ver artigo principal: Lista de Rodovias do Brasil
As mais importantes são a BR-101, na costa do estado, no sentido de norte-sul, passsando pela Grande Recife, e a BR-232, que se estende em sentido leste-oeste partindo da cidade do Recife, onde começa no trevo da avenida Abdias de Carvalho com a BR-101, em direção ao interior do estado. A ligação BR-316/122/407/428/110 faz a ligação das localidades da margem esquerda do São francisco em Pernambuco entre Petrolina e Petrolândia.

Ferrovias
O estado teve uma das primeiras ferrovias do país - a
Recife-Cabo de Santo Agostinho, inaugurada a 8 de setembro de 1855, ainda no Brasil Império, construída para transporte de passageiros e carga. Logo após completada, foram iniciados os trechos Ipojuca-Olinda-Escada e em seguida Limoeiro-Ribeirão-Água Preta-Palmares. Em 1882, foi completado o trecho Palmares-Catende, seguido de Garanhuns (1887), Mimoso (1911), Arcoverde (1912) e Salgueiro. A novidade provocou curiosidade e festividade entre os recifenses. Em sua estréia, o trem da linha Recife-Cabo, partindo do Forte das Cinco Pontas transportou mais de 400 pessoas. A locomotiva partiu às 12h e 30 minutos depois atingiu o ponto de chegada, onde uma multidão aguardava.

Transnordestina
Ver artigo principal: Transnordestina
Consiste em 867km de ferrovias interligando o centro do Nordeste com o Sudeste. Foi sugerida já no século XIX, e permaneceu como promessa até os dias de hoje.

Metrô do Recife
Ver artigo principal: Metrô do Recife
Foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro, de 6,2km de extensão. Seguiram-se construções de outras estações, e em outubro de 1986 chegou ao Terminal Integrado de Passageiros, TIP (rodoviária do Recife). Atualmente estão sendo feitas obras para a expansão da rede em direção ao aeroporto, apresentando projeto de integração com o mesmo.

Terminal Integrado de Passageiros
A unidade de integração metrô-ônibus foi inaugurada a outubro de
1986, sendo a segunda maior estação rodoviária do país. Ocupa 446.000 m², e possui diversas lojas em seus quatro pisos.

Massas de ar são parcelas extensas (milhares de quilômetros quadrados de extensão) e espessas na atmosfera, com características próprias em termos de pressão, temperatura e umidade, caracterizadas pela região a qual se originam. O Brasil sofre a influência de cinco massas de ar. São elas: Equatorial Continental, Tropical Continental, Polar Atlântica, Tropical Atlântica e Equatorial Atlântica. O nome da massa de ar representa o lugar em que ela se forma e a partir daí, é possível saber as características da mesma. Por exemplo, uma massa de ar polar será fria, uma massa continental terá maiores chances de ser seca, etc. Devido à rotação da Terra, as massas de ar estão em constantes movimentos. Os deslocamentos dessas massas acontecem de uma área da alta pressão para uma área de baixa pressão, por causa da diferença de temperatura atmosférica, que produz uma diferença de densidade resultando em diferentes pressões.

CLIMA
I. TEMPO ATMOSFÉRICO
É o estado momentâneo da atmosfera em um determinado local.Para determiná-lo, faz-se a constatação dos fenômenos atmosféricos ou elementos do clima: temperatura, pressão, vento, umidade e precipitações (como chuva, granizo e neve). Como esses fenômenos variam freqüentemente, até num mesmo dia, o tempo também varia constantemente.
É correto utilizar a expressão "Tempo Bom"? Apesar de muito comum, é imprecisa, relativa. O correto é utilizar: quente, frio, úmido, seco, chuvoso, ventoso, nublado.
II. CLIMA
É o conjunto de variações do tempo atmosférico de uma área específica. Para determinar o clima de um local é necessário analisar o comportamento dos fenômenos atmosféricos dessa área por um longo período (aproximadamente 30 anos), para se constatar os períodos de chuva, sua quantidade, os meses mais quentes, mais frios, etc., que se repetem mais ou menos, ano a ano. III. FORMAÇÃO DOS VENTOS
Os ventos, deslocamentos do ar atmosférico, surgem com o movimento de algumas partes da atmosfera। Eles geralmente são ocasionados pelas diferenças da pressão atmosférica, decorrentes de alterações da temperatura. Veja abaixo um esquema simplificado do que ocorre:

IV. MASSAS DE AR ou SISTEMAS ATMOSFÉRICOS
Segundo o geógrafo G. Trewartha as massas de ar são "uma porção extensa e espessa da atmosfera, cuja temperatura e umidade são aproximadamente homogêneas".
As massas de ar podem se movimentar de maneira semelhante à dos ventos, em geral de locais mais frios para os mais quentes, ou ainda de locais com maior pressão para os de pressão mais baixa.
O ar que compõe a atmosfera está em constante movimento em virtude das diferenças de pressão. Apesar de suas variações, pode-se, em geral, delimitar algumas áreas com predominância de altas pressões e outras onde predominam as baixas pressões, que inclusive vão determinar a circulação geral da atmosfera.
É no interior dessa circulação geral que se estabelece a dinâmica das massas de ar, grandes responsáveis pela determinação dos diferentes tipos climáticos.
O que é uma massa de ar?
É uma grande porção da atmosfera, com milhares de quilômetros quadrados de extensão.
Quando se forma?
Quando um grande volume de ar permanece em repouso ou se move lentamente sobre superfícies continentais ou oceânicas.
Regiões de origem?
Local onde a massa de ar se forma e adquire as características de temperatura, pressão e umidade, que serão praticamente as mesmas em toda a sua extensão.
Como se deslocam?
Principalmente em função das diferenças de pressão atmosférica e do movimento de rotação da Terra.
Por que as massas de ar se deslocam de uma área para outra da superfície terrestre?
A energia solar é uma verdadeira "máquina climática": aquece a Terra e a atmosfera e provoca a evaporação da água dos oceanos, rios, lagos e mares. Calcula-se que no Golfo do México, num dia de verão, a energia calorífica do Sol provoque a evaporação de 2.300.000 litros de água por hora. Ela é também responsável pelo movimento das massas de ar (vento). Sendo assim, é correto afirmar que a "energia solar é o motor de toda a circulação atmosférica de nosso planeta".
Entre a zona intertropical e a zona de média e de alta latitude, ocorrem trocas térmicas. O ar quente das zonas tropicais chega até os pólos e o ar frio destes alcança as zonas tropicais e a região equatorial, mas, em ambos os casos, as qualidades de origem das massas de ar chegam alteradas.
Os movimentos do ar (massas de ar e ventos resultam da distribuição desigual de energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes. A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica e, conseqüentemente, no movimento das massas de ar e dos ventos, pois os deslocamentos do ar ocorrem de uma área de alta pressão (baixa temperatura) para uma área de baixa pressão (temperatura alta).
O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão ou ciclonal. O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas latitudes, desce, fazendo surgir uma área de alta pressão. Uma vez que há tendência das massas de ar igualar essas pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os trópicos e os pólos passando pelas zonas de médias latitudes.
As áreas frias ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas anticiclonais.
As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa latitude), como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas ciclonais.
V. AS FRENTES
Ao se deslocarem, as massas de ar se encontram. Nesse contato, elas não se misturam: uma empurra a outra, de tal forma que aquela que avança com mais intensidade faz com que a outra retroceda, impondo a ela suas características, o seu tipo de tempo.
A zona de contato entre duas massas de ar diferentes recebe o nome de frente ou superfície frontal।

फ्रेंते fria.
Quando a massa de ar frio avança, fazendo o ar quente recuar, trata-se de uma frente fria। Como a massa de ar frio é mais densa, pois o ar frio é mais pesado, ela obriga o ar quente a subir, provocando a formação de nuvens.

A passagem da frente fria provoca queda de temperatura, pois o ar aquecido é deslocado, e, em seu lugar, fica o ar mais frio. À medida que o ar se esfria, diminui a sua capacidade de conter vapor de água, ou seja, diminui o ponto de saturaçãओ

Diminuindo o ponto de saturação da atmosfera, ocorrem as precipitações, como por exemplo, as chuvas। Quanto às chuvas, as frentes frias rápidas provocam precipitação do tipo pancadas, enquanto as frentes frias lentas provocam precipitação de caráter contínuo. Nos mapas as frentes frias são representadas por uma linha preta com pequenos "picos". (veja legenda do gráfico abaixo).

Por outro lado, temos uma frente quente quando o ar quente avança sobre o ar frio. Este recua a baixa altitude, pois é mais pesado, enquanto o ar quente, mais leve, sobe uma espécie de rampa deixada pelo ar frio.
A área de frente quente é mais extensa, e sua passagem, além de provocar aumento de temperatura, ocasiona intensa nebulosidade। Nos mapas, as frentes quentes são representadas por uma linha preta com semicírculos.

Não. Jamais confunda uma frente fria com uma massa de ar frio. Uma massa de ar tráz consigo as características de sua região de origem; caso tenha se formado nos pólos ela poderá ser bastante fria; se nos trópicos, bastante quente. Uma frente fria é uma faixa de transição que separa duas massas de ar com características meteorológicas diferentes, sendo geralmente acompanhada de chuvas e trovoadas. 2. VÁRIAS VEZES NA TELEVISÃO INFORMARAM QUE HAVIA PASSADO UMA FRENTE FRIA, PORÉM, EU NÃO SENTI FRIO!
Está é uma situação bastante normal. Se porventura a temperatura máxima de um determinado dia for de 35º C e estiver prevista a passagem de uma frente fria, isto não quer dizer, necessariamente, que você vai sentir frio após a passagem da frente. Significa que vai chover no seu bairro ou sobre alguma cidade vizinha, mas a temperatura poderá cair apenas 5º C, ficando, portanto, a máxima do dia seguinte com 30º C; o que refrescará um pouco, porém o tempo ainda permanecerá bastante quente.
3. QUAL A LARGURA QUE COSTUMA TER ESTA FAIXA DE TRANSIÇÃO QUE SEPARA DUAS MASSAS DE AR, CHAMADA DE FRENTE?
Normalmente esta faixa ou zona frontal, cheia de nuvens, chuvas, ventos e trovoadas, costuma ter, em superfície, uma largura de cerca de 100 km. A nebulosidade associada a ela pode ter cerca de 300 km de largura; porém, em certos pontos da América do Sul, não raro, um sistema frontal, com seu complexo de nebulosidade e chuvas, é tão extenso que pode atravessar do Oceano Pacífico ao Atlântico e pode ter uma largura que cubra os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, simultaneamente.
4. O QUE ACONTECE APÓS A PASSAGEM DE UMA FRENTE FRIA?
Depois da passagem da frente fria, o clima se torna mais ameno, e a pressão atmosférica cai mais lentamente. O céu brilha um pouco enquanto espessos nimbos-estratos dão lugar a estratos-cúmulos. Em breve, o céu pode se abrir inteiramente. Mas a bonança dura pouco. Densos cúmulos avisam que uma frente fria está chegando, na qual o ar polar frio avança rispidamente abaixo do ar tropical úmido e quente. A frente fria declina de forma muito mais abrupta do que a frente quente, e fortes correntes de ar ascendentes podem dar início a violentas tempestades. Enormes cúmulos-nimbos podem se formar ao longo de toda a frente, trazendo chuva pesada e até tormentas em sua passagem. Mas, embora as tempestades possam ser intensas, elas terminam em mais ou menos uma hora. Enquanto a frente se afasta, o ar se torna mais frio e logo as nuvens se dispersam, deixando apenas alguns cúmulos.



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

अ Formação da União Europeia

A ideia de uma Europa unida
1.1. Os países fundadores
Na Primavera de 1950, a Europa encontrava-se à beira do abismo. A Guerra-fria fez pesar a ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estavam longe da reconciliação, por isso era preciso evitar repetir os erros anteriores e criar condições para uma paz duradoura entre inimigos, mas o problema residia na relação entre a França e a Alemanha.
Foi preciso criar uma relação forte entre estes dois países e reunir os restantes países europeus a fim de se construir uma comunidade com um destino comum। Jean Monnet, com uma experiência única enquanto negociador e construtor da paz, propôs ao Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do carvão e do aço। A proposta é formulada oficialmente a 9 de Maio de 1950 pela França e acolhida pela Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo।

1.2. As primeiras comunidades europeias
O aparecimento das primeiras comunidades europeias surgiu com a criação da CECA, a comunidade Europeia do Carvão e do Aço, em Paris, a 18 de Abril de 1951, da qual faziam parte os 6 países fundadores.
1.3. Os tratados de Roma
Seis anos mais tarde, foram criadas mais duas comunidades: a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica) através dos tratados de Roma a 25 de Março de 1957.
2. CEE
2.1. Os alargamentos
As comunidades europeias foram inicialmente formadas por 6 países (França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo). Depois disto, a União Europeia levou a cabo quatro alargamentos sucessivos:
· Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido (1973)
· Grécia (1981)
· Espanha e Portugal (1986)
· Aústria, Finlândia e Suécia (1995)
2.2. As instituições comunitárias
Todos os estados membros da União Europeia delegam parte da sua soberania nacional em instituições comuns, que representam tanto os interesses nacionais como os interesses comunitários.
Os tratados constituem o chamado “direito primário” que tem implicância directa na vida quotidiana dos cidadãos europeus.
Esta legislação, tal como as políticas comunitárias em geral, é o resultado de decisões tomadas por cinco instituições principais:
. O Conselho da União Europeia (que representa os Estados Membros)
· O Parlamento Europeu (que representa os cidadãos)
· A Comissão Europeia (um órgão politicamente independente que representa o interesse geral dos europeus)
· O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (é composto por um juiz de cada Estado-membro e a sua missão é garantir o cumprimento do direito comunitário e a interpretação e aplicação correctas dos tratados)
· O Tribunal de Contas (é composto por um membro de cada país da União Europeia e tem por obrigação verificar a legalidade e a regularidade das receitas e despesas da Comunidade e a sua boa gestão financeira)
2.3. Do mercado comum ao Acto Único europeu
O Acto Único Europeu revê os Tratados de Roma com o objectivo de relançar a integração europeia e concluir a realização do mercado único. Veio a alterar também as regras de funcionamento das instituições europeias e alargou as competências comunitárias, nomeadamente no âmbito da investigação e desenvolvimento, do ambiente e da política externa comum.
O principal objectivo do Acto Único Europeu consiste no relançamento do processo de construção europeia com vista a concluir a realização do mercado único, bem como na abolição das barreiras físicas, técnicas e fiscais entre os Estados-membros.
Criou-se então a 1 de Janeiro de 1993, um grande mercado europeu, com mais de 302 milhões de habitantes.
3. A União Europeia
3.1. O Tratado de Maastricht
Ao entrar em vigor, a 1 de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado a 7 de Fevereiro de 1992 em Maastricht, na Holanda, conferiu uma nova dimensão à construção europeia, tendo como principais características:
· A criação da União Europeia (UE)
· A substituição da sigla CEE (Comunidade Económica Europeia) por CE (Comunidade Europeia)
· A previsão da construção de uma união económica e monetária (UEM)
· A promoção de uma política externa de segurança comum (PESC)
· A criação de uma cooperação dos Estados-membros no domínio da segurança interna e da justiça
· A coordenação das politicas de emprego
· A livre circulação e segurança dos cidadãos
· A criação de uma instituição de cidadania europeia
· O desenvolvimento de diversas políticas comunitárias
3.2. Os alargamentos
A 1 de Maio de 2004, dez novos países aderiram à União Europeia, sendo assim a União Europeia passou de 15 para 25 estados-membros e constitui, a partir de agora, um espaço político e económico com 450 milhões de cidadãos, incluindo:
· Três antigas repúblicas soviéticas (Estónia, Letónia e Lituânia)
· Quatro antigos países-satélite da URSS (Polónia, República Checa, Hungria e Eslováquia)
· Uma antiga república jugoslava (Eslovénia)
· Duas ilhas mediterrânicas (Chipre e Malta)
Este alargamento histórico da União Europeia, de 15 para 25 membros, conclui um longo processo de adesão que permitiu a reunificação do povo europeu, dividido durante meio século pela cortina de ferro e a guerra-fria.
Em 2007 passarão a fazer parte da União Europeia a Bulgária e a Roménia, podendo também a dar-se a adesão da Turquia.
3.3. Zona €uro
Desde 1 de Janeiro de 2002, que mais de 300 milhões de cidadãos europeus utilizam o €uro na sua vida quotidiana. Entre a assinatura do Tratado de Maastricht em Fevereiro de 1992, que consagrou o princípio de uma moeda única europeia, até à entrada em circulação das moedas e notas de euro em 12 países da União Europeia (Alemanha, Aústria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal) passaram apenas 10 anos.
O €uro veio substituir moedas que, para muitos dos países europeus, constituíam símbolos centenários e verdadeiros instrumentos de soberania nacional.
A introdução do €uro fez a Europa avançar consideravelmente rumo a uma união económica. Deu também aos cidadãos da União Europeia um sentimento mais vivo de partilharem uma identidade comum europeia.
Para a adopção do €uro como moeda única só entram os estados-membros que tiverem preenchido todos os critérios de convergência e são eles:
· Estabilidade de preços
· Taxas de juro a longo prazo
· Défice orçamental
· Estabilidade das taxas de câmbio da moeda nacional nos mercados de câmbio
3.4. Os Tratados de Amesterdão e Nice
O Tratado de Amesterdão e o Tratado de Nice vieram a alterar completamente os anteriores tratados.
O primeiro tratado foi assinado na cidade holandesa de Amesterdão a 17 de Junho de 1997 e tem por base quatro grandes objectivos:
· Fazer dos direitos dos cidadãos o ponto essencial da União Europeia e introduzir um novo capítulo sobre o emprego;
· Suprimir os últimos entraves à livre circulação e reforçar a segurança;
· Permitir um reforço da importância da Europa no mundo;
· Tornar mais eficaz a arquitectura institucional da União Europeia, tendo em vista os próximos alargamentos.
Na altura do Tratado de Amesterdão, e por falta de resultados positivos, ficou agendada uma Conferência Intergovernamental para 2000 com vista a adaptação do funcionamento das instituições europeias à entrada de novos Estados-Membros, com isto surgiu a implementação do Tratado de Nice, assinado a 26 de Fevereiro de 2001, com cinco grandes objectivos:
· Reformar as instituições e os métodos de trabalho para viabilizar o alargamento;
· Reforçar a protecção dos direitos fundamentais;
· Criação de uma Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD);
· Cooperação judiciária em matéria penal;
· Futuro da UE.
Depois da sua entrada em vigor, em Maio de 2004, o Tratado de Nice é o tratado que actualmente rege a União Europeia.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

bibliografia de Robert Schum

Schuman, um dos responsáveis pela criação em 1944 do Movimento Republicano Popular, de orientação social-cristã, teve uma participação decisiva na primeira etapa política do pós-guerra na França como ministro das Finanças (1946-1947), primeiro-ministro (1947-1948), ministro dos Negócios Estrangeiros (1948-1953) e da Justiça (1955-1956). Contribuiu para a constituição da União Européia com o seu Plano Schuman (1950), em que concretizou as propostas de Jean Monnet para a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço. Em 1958, tornou-se o primeiro presidente do Parlamento Europeu, cargo que desempenhou até 1960 e no qual advogou a reconciliação e a colaboração política com a República Federal da Alemanha.

prof. Ezequiel Santos

BLOCOS ECONÔMICOS MUNDIAIS

BLOCOS ECONÔMICOS MUNDIAIS



Introdução:

A partir principalmente da década de 80, o capitalismo conheceu um processo de aceleração sem precedentes que passou a definir a nova tendência do mundo atual: a globalização da economia. Desde a sua origem, o capitalismo caracterizou-se por ser um sistema em que a interdependência econômica e política entre as nações constituiu um elemento fundamental para o seu funcionamento. A análise de sua evolução é a análise do aprofundamento das relações internacionais, na medida em que o desenvolvimento técnico concomitantemente permitia e impunha a necessidade de ampliação do mercado externo aos países que haviam atingido um certo grau de desenvolvimento econômico. O capitalismo sempre foi um sistema que promoveu relações entre as diversas regiões do planeta, integrando-as -- muitas vezes à forca, por meio do colonialismo - à sua racionalidade econômica. A globalização da economia é a expressão máxima do processo de mundialização das relações entre as nações, ao mesmo tempo em que representa a mudança na concepção do papel dos Estados Unidos nacionais. A formação dos Estados nacionais tinha como pressuposto uma unidade territorial, comandada por uma autoridade política única e integrada por uma economia de base nacional.

O COMEÇO

A destruição da Europa durante a Segunda Guerra Mundial selou o fim da hegemonia que o continente havia conquistado nas relações internacionais. A economia européia estava totalmente desorganizada e mergulhada nos problemas internos de sua reconstrução. O desmoronamento não atingiu apenas a Alemanha e a Itália, países derrotados que, alem da destruição de seus territórios, viram-se despojados de qualquer soberania. Os vencedores europeus não se encontravam em melhor situação. Perderam boa parte dos parceiros comerciais e estavam endividados. As cidades e os campos agrícolas estavam destruídos. O panorama era constrangedor às tradicionais lideranças da economia capitalista. Incapaz de assegurar o seu próprio destino, de articular um sistema de defesa e de restaurar a sua economia sem ajuda externa, a Europa viu-se obrigada a enquadrar-se em uma nova ordem mundial, cuja liderança seria disputada pelas potências de fato vitoriosas: os Estados Unidos e a União Soviética.

AS NOVAS POTÊNCIAS

Enquanto a guerra fria seguia sua trajetória, com um envolvimento cada vez maior das duas grandes potências que se elegeram “guardiãs do mundo’, outros países desenvolviam-se tecnologicamente, de forma bastante acelerada. Em diversos setores industriais conquistavam fatias expressivas no mercado internacional e ganhos de produtividade superiores aos dos Estados Unidos. Entre eles, os que tiveram maior crescimento, nesta metade do século XX, foram justamente os dois grandes derrotados na Segunda Guerra Mundial; o Japão e a ex - Alemanha Ocidental.· Em 1970 o PNB dos EUA era 5 vezes superior ao PNB do Japão. Atualmente essa diferença não chega a atingir o dobro. Como a população japonesa corresponde praticamente, à metade da americana, a comparação entre a renda per capita dos dois países é favorável ao Japão.·EVOLUÇÃO DO PNB PER CAPTA NOS EUA, JAPÃO E ALEMANHA·1970 - 1994”.


No mesmo período, a evolução da economia alemã também foi superior à americana. Além disso, a Alemanha mantém uma grande diversificação de seus parceiros econômicos e é o pais que mantém o maior volume de transações comerciais no mundo atual, depois dos EUA. Esse fato torna sua economia menos vulnerável que a japonesa. O Japão destina aos Estados unidos grande parte de suas exportações, o que torna seu mercado externo muito dependente do consumidor americano.BALANÇAS COMERCIAIS DOS EUA, JAPÃO E ALEMANHA EM 1994(BILHÕES DE DÓLARES)

OS TIGRES ASIÁTICOS

A partir da década de 80, os países do Pacífico começaram a apresentar altos índices de crescimento mundial e interferência no mercado mundial, sendo por isso designados como tigres asiáticos e dragões asiáticos. Os termos lembram agressividade e é exatamente essa característica fundamental dos quatro países que formam esse grupo: Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Cingapura e Hong Kong. Eles utilizaram estratégia arrojada de atração de capital estrangeiro - apoiada na mão-de-obra barata e disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de empresas. A imensa e ininterrupta expansão da economia japonesa foi decisiva para criar um dinâmico mercado em toda a área circundante do Pacifico. O Japão atuou não só como estímulo, mas também como exemplo. O crescimento mais marcante foi o apresentado pela Coréia - um dos mais pobres país em desenvolvimento - que se transformou numa semi-industrializada nação de renda média. O progresso de Taiwan seguiu o mesmo rumo. A transformação começa como a do Japão - uma bem sucedida reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado local para novas fábricas. No final da década as exportações chegavam a 90% do PNB (produto nacional bruto) - a maior proporção do mundo - ; o índice de crescimento era de 12%, a despeito da recessão; a população tinha um alto nível de alfabetização e a economia girava em torno da construção naval, produtos têxteis, petroquímicos r equipamentos elétricos. O crescimento mais notável ocorreu principalmente na economia de entrepostos. Hong Kong, graças à economia de mercado puro e, apesar de sobrecarregada pelas desvantagens do colonialismo (continuou sendo colônia da Coroa Britânica), elevou sua renda per capita para cerca de seis vezes mais que a da China continental.


A UNIÃO FAZ A FORÇA

Após a Segunda Guerra Mundial, a idéia econômica assentada em um economia supranacional começou a ganhar forca na Europa. Diante de concorrerem isoladamente com os Estados Unidos, o novo gigante que havia emergido, os países europeus formaram uma série de alianças com o objetivo de reestruturar, fortalecer e garantir a competitividade de suas economias. Várias associações econômicas foram criadas na Europa. O Benelux foi o grande precursor das diversas alianças posteriormente formadas. Criado em 1944, integrou a economia da Bélgica, da Holanda e de Luxemburgo num único mercado. Em 1952, a Ceca (Comunidade Européia de Carvão e Aço), formada por seis países europeus - Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Alemanha e Itália -, estabeleceu um mercado siderúrgico comum, ao promover a livre circulação de matérias - primas e mercadorias ligadas à industria siderúrgica, com o objetivo de reestruturar e acelerar o desenvolvimento da industria de base. Os países - membros da Ceca ampliaram os objetivos dessa organização e criaram a mais eficiente aliança econômica entre países do mundo moderno: a CEE (Comunidade Econômica Européia), em 1957.

A UNIÃO EUROPÉIA

A CEE, desde a sua criação, traçou a realização de um grande objetivo econômico a ser colocado em prática a médio prazo, baseado em quatro princípios fundamentais: a livre circulação de mercadorias, de serviços, de captais e de pessoas, entre todos os países - membros da organização. Entretanto, a efetivação de tais princípios só veio acontecer mais recentemente. O aprofundamento da competitividade no mercado internacional nas ultimas décadas do século XX., o desenvolvimento de novas tecnologias de produção e a entrada de novos competidores, disputando fatias cada vez mais expressivas do comércio mundial, sinalizaram à CEE a necessidade da concretização de seus objetivos originais. Isso ocorreu em 1º de Janeiro de 1993, quando as fronteiras entre os antigos membros dessa comunidade foram abolidas e a CEE foi substituída pela UE ( União Européia ), a maior comunidade econômica mundial atual. O projeto da Europa unificada é extremamente arrojado. Tem em perspectiva a criação de um sistema de defesa comum europeu, independente da OTAN, e a criação de uma moeda única, Unidade Monetária Européia, o Euro. A adoção do Euro eliminará os custos do câmbio, ou seja, o custos da troca de moedas, existentes nas transações comerciais. A UE, formada pelo Tratado de Maastricht, constituiu um governo comunitário com seis instituições básicas, responsáveis pelas decisões a serem seguidas por todos os países da Europa unificada. Entre as instituições mais importantes, destacam-se:o Conselho de Ministros - formado pelos ministros do Exterior de cada país, estabelece as linhas gerais das políticas econômicas e sociais a serem adotadas no âmbito da comunidade;a Comissão Européia - formada por membros apontados pelos países integrantes da Europa unificada, tem função executiva. Coloca em prática as decisões do Conselho de Ministros;o Parlamento Europeu - formado por deputados eleitos diretamente em cada um dos países, tem função legislativa. No Parlamento, são votadas questões orcamentárias e são controladas as decisões tomadas no conselho de Ministros e na Comissão Européia.

O NAFTA

Vários projetos de economias supranacionais começaram a ser esboçados na década de 90, fortalecendo a tendência de alianças econômicas regionais. Em 1994, EUA, Canadá e México deram os primeiros passos rumo à formação de um economia supranacional, com a criação do NAFTA ( Acordo de Livre Comércio da América do Norte ). Juntos, formam um mercado de aproximadamente 380 milhões de habitantes e respondem por um PIB de 7 bilhões de dólares. O acordo prevê a criação de uma zona de livre comércio, onde a abolição total das tarifas aduaneiras só será colocada em prática no ano 2015. Entretanto, uma grande quantidade de produtos já circulava livremente entre os três países sem nenhuma taxação. A grande diferença socioeconômica entre México e os outros dois países do Nafta é o maior empecilho para a formação de um mercado único nos moldes da UE. Além disso, a unificação desse mercado suscita muitas incertezas e preocupações, tanto nos Estados Unidos como o México. O maior temor dos sindicatos norte - americanos e que ocorra transferencia de industrias dos Estados Unidos para o México, pela mão de obra mais barata o que causaria grande desemprego nos EUA. Os mexicanos acreditam que o fácil intercâmbio comercial entre os três países levará vários setores à falência devido a menor tecnologia mexicana . Outros acham que o Nafta aumentará a automação e robotização de várias atividades industriais e de serviços, aprofundando, conseqüentemente, o problema do desemprego.

APEC

A Apec ( Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico ) foi fundada em 1989. Constituía-se, inicialmente, por países asiáticos (Japão, Taiwan, Coréia do Sul, Malásia, etc ) e por países da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Atualmente é um bloco bastante heterogêneo, tendo como integrantes inclusive países americanos (Estados Unidos, Canadá, México e Chile). A Apec estabeleceu a meta de unificar totalmente seu mercado no ano de 2020. Em 1996 o conjunto de seus associados era responsável por 46% do comércio exterior, 56% da produção econômica e 37% da população mundial.APEC

ALCA

Em 1994, na cidade de Miami, EUA, iniciaram-se as negociações para a criação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que reunirá 34 países, ou seja, todas as nações do continente americano, exceto Cuba (PIB total: cerca de 9,3 trilhões de dólares em 1997). Desde então reuniões denominadas Encontros das Américas passaram a ser realizados anualmente. O encontro de 1977 ficou marcado pelo empasse na data para a implementação da ALCA: os EUA queriam que fosse ainda no século XX ; já os países do Mercosul querem esperar até 2005. Os EUA querem a extinção de todos os acordos existentes ( Nafta, Mercosul, Pacto Andino, etc ) assim que Alca estiver criada, já os outro querem sua manutenção.

A REORGANIZAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL

Existem hoje pelo menos três grandes pólos de desenvolvimento econômico e tecnológico, cada um deles formado por um bloco de países. Assim sendo, o mundo bipolar (EUA X URSS), que desde o final dos anos 70 foi abalado pela crise dos países socialistas ao fim da Guerra Fria e pela progressão de novas potências, foi substituído por um mundo multipolar. Cada um desses três grandes centros ou blocos econômicos, tem áreas de maior influencia. No entanto essas áreas muitas vezes coincidem. É o caso do Oriente Médio, que por sua localização e reservas de petróleo, relaciona-se com todos os blocos, apesar de receber maior influencia dos EUA. Os principais blocos de poder econômico do mundo são: Bloco americano: Liderado pelos EUA. As principais zonas de influencia deste bloco econômico são o continente americano e parte do Oriente Médio.Bloco europeu: Liderado pela UE, principalmente pela Alemanha, estende sua área de influencia ao leste Europeu, a parte do Oriente Médio e ao norte da África.Bloco do Pacifico: Liderado pelo Japão e muito bem estruturado pelos tigres asiáticos, abrange uma vasta área da Ásia e da Oceania (Austrália e Nova Zelândia) .

CONCLUSÃO

O conjunto de todas essas mudanças indica a estruturação de uma economia globalizada. O crescimento do comércio internacional nas últimas décadas atingiu níveis sem precedentes. Não se trata apenas de mercado mundial em expansão, como foi a tendência do sistema capitalista desde a sua formação. O que caracteriza este final de milênio é a formação de uma economia mundializada que, contraditoriamente, tem despertado o sentimento étnico e nacionalista em diversas regiões do mundo. Num mundo em que a disputa por mercados tem sido a tendência apontada para o próximo milênio, a superioridade militar dos EUA, frente a qualquer outro país do planeta, não é tão relevante como nos tempos da guerra fria. Os grandes combates que se estão delineando neste final de milênio ocorreram pelas disputas de mercado. As disputas territoriais, a rebelião de minorias étnicas e nacionais pela autonomia e, consequentemente, a redefinição de novas fronteiras entre países, com certeza não desaparecerão. As disputas por fontes de matérias primas industriais e outros recursos naturais terão ainda grande importância, em varias regiões do planeta. Entretanto, os países que estão na linha de frente da economia e da política mundiais terão seus esforços concentrados no desenvolvimento de novas tecnologias e na ampliação do comércio internacional.



II MERCOSUL

Introdução

Nos últimos anos, as transformações de diversos sistemas econômicos e o dinamismo do processo evolutivo da economia mundial nos mostraram que a tendência das revelações econômicas na década de 90 será a consolidação do processo de globalização dos mercados. O processo de integração entre os países que compõem o Grupo Andino (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) tomou impulso a partir de dezembro/90, quando foi estabelecido um cronograma para a implementação de instrumentos de liberação comercial e de integração econômica. Existem, no entanto, algumas tendências de fragmentação do Grupo Andino - um exemplo é a Bolívia, que vem buscando fórmulas de vinculação ao Mercosul. A criação do Mercosul também faz parte de um processo evolutivo dos países da América, que vêm procurando se desvincular das políticas protecionistas para se adaptar a uma difícil convivência internacional, baseado na eficiência e na competitividade. Sua integração deveria se dar em torno do Brasil - a maior economia dos quatro países -, mas a dificuldade de uma estabilização auto-sustentada da economia brasileira dificulta o processo.


A ORIGEM DO MERCADO COMUM DO SUL

Tornou-se lugar comum considerar os anos 80 como sendo a década perdida para a economia latino-americana. Esgotou-se o processo de substituição das importações que esteve na raiz do desenvolvimento da economia da América Latina sem se poder vislumbrar com clareza a nova inserção internacional da região. Indicadores sociais em acentuada queda constratando com o contínuo crescimento demográfico, altas taxas inflacionárias, crise do estado que se mostra incapaz de continuar a investir em programas sociais e de infra-estrutura, crescimento desmedido da dívida interna e externa tornando a América Latina exportadora de capitais, queda de 12% para 4% da participação da região no comércio internacional, são algumas das evidencias da crise da economia latino-americana. A situação é ainda mais grave na medida que sua economia tem demonstrado competência na produção de bens que não se incluem no rol dos mais dinâmicos. Produtos com alto índice tecnológico não é prioridade na produção, o que torna o quadro ainda mais dramático quando comparado com o que ocorre no sudeste asiático. Isto tudo favoreceu o resgate das idéias elaboradas pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) das Nações Unidas, na década de 50, onde se pregava a aproximação das economias latino-americanas para buscar maior eficiência e melhor utilização de seus recursos materiais, financeiros e econômicos. Neste contexto, os governos da Argentina e do Brasil decidem, pela primeira vez na história, por uma aproximação que marca a evolução política e econômica no Cone Sul. Em 26 de marco de 1991, foi assinado um acordo, que visava a constituição de um mercado comum entre a República Federativa do Brasil, a República Argentina, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, denominado de Tratado de Assunção. Os princípios básicos desse acordo, dizem respeito a ampliação das atuais dimensões de seus mercado nacionais; à aceleração dos seus processos de estabilização econômica com justiça social; ao aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis; ao desenvolvimento cientifico e tecnológico; à preservação do meio ambiente e à adequada inserção internacional. Na sua essência, o Tratado de Assunção cuida do compromisso dos quatro países de formar uma zona de livre comércio fixando, de forma genérica e superficial, os parâmetros básicos para o objetivo final, previsto para 31 de dezembro de 1994: o MERCOSUL.

PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO MERCOSUL

O compromisso assumido pelos quatro países para a implementação do Mercosul incluiu os seguintes elementos:livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os participantes;estabelecimento de uma tarifa externa e de uma política comercial comuns em relação a outros países ou regiões;coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os países participantes, com objetivo de assegurar condições adequadas de concorrência entre os quatro países e com o compromisso de que harmonizem suas legislações de modo a possibilitar o fortalecimento do processo de integração. Na relação com outros países, os Estados devem coordenar suas políticas nacionais no sentido de elaborar normas comuns sobre a concorrência comercial e assegurar condições eqüitativas de comércio, ou seja, inibir, através de suas legislações importação de produtos cujos preços sejam subsidiados ou influenciados por qualquer prática desleal de comércio. Dentre os instrumentos utilizados no processo de implantação do Mercosul temos:um Programa de Liberação Comercial, que deverá considerar reduções tarifárias progressivas, de forma a se chegar a tarifa zero;coordenação gradual das políticas macroeconômicas , que seguirá junto ao Programa de Liberação Comercial;uma tarifa externa comum, para incentivar a competitividade externa dos países membros.A adoção de acordos setoriais, de modo a otimizar os fatores de produção.

ESTRUTURA DO MERCOSUL

A estrutura do Mercosul está divida em dois órgãos:

Conselho do Mercado Comum: é o responsável pela condução política do processo de integração e pela toma de decisão para assegurar o cumprimento de todos os objetivos previstos no Tratado.O Conselho será presidido através de um esquema de rotatividade, em ordem alfabética, entre os países membros, por um período de 06 meses. Será integrado pelos Ministros das relações exteriores e os ministros da Economia, que se reunirão quantas vezes se fizerem necessárias, ou, pelo menos, uma vez ao ano.Grupo Mercado Comum: é o órgão executivo, coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores. Tem por objetivo zelar pelo cumprimento do tratado; tomas as providencias necessárias ao cumprimento das decisões do Conselho; propor medidas concretas à aplicação do programa de Liberação Comercial, à coordenação das políticas macroeconômicas e à negociação de acordos com outros países; e fixar programas de trabalho que assegurem o avanço do processo do Mercosul.O Grupo Mercado Comum é integrado por quatro membros titulares e quatro alternados por país. Estes membros são representantes de alguns órgãos públicos, como o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Economia ou o seu equivalente e o Banco Central. Para divulgar suas atividades e guardar documentos, o Grupo conta ainda com uma Secretaria Administrativa com sede em Montevidéu.

PROGRAMA DE LIBERAÇÃO COMERCIAL

Inclui a totalidade dos produtos e bens na regra geral de redução tarifas alfandegárias. Este programa teve como base o acordo já existente entre Brasil e Argentina. Ele estabeleceu cronogramas de redução da tarifa alfandegária e da conseqüente preferência alfandegária até a esperada tarifa zero, sendo que, no caso de Paraguai e Uruguai esta data se estenderia até Dezembro/95. Este programa admitia uma lista de exceções de produtos considerados "sensíveis" por cada país membro. Nesta lista constavam 394 produtos Argentinos; 324 do Brasil; 439 do Paraguai e 960 do Uruguai. Estes produtos estão sendo negociados caso a caso.

PRINCIPAIS SETORES PROTEGIDOS


BRASILARGENTINAURUGUAIPARAGUAI

Máquinas Açúcar e suas manufaturasCarnesQueijos, ovos e mel

InformáticaIndústria têxtilPescadosPescados

Artigos eletrônicosConfecçõesMariscosCarnes

Indústria automotivaVidroLeite e derivadosLegumes

Frutas frescasMetalurgiaLegumesHortaliças

Frutas em conservasMáquinasHortaliçasFrutas frescas

LegumesArtigos eletrônicosFrutas frescas

HortaliçasIndústria automotivaFrutas em conservasFrutas em conservas

PescadosFerramentasCereais, arroz e azeiteCereais, arroz farinhas e azeite

QueijosCeluloseAçúcar e derivadosAçúcar e derivados

Indústria têxtilPapelVinho, cerveja e licoresCafé, chá e erva mate

Vidro

Madeiras e PapelVinho e cerveja

Equipamentos

Indústria têxtilCouro e derivados

Vidro

ConfecçõesMetalurgia



VidroPapel e impressos



MetalurgiaMadeira e moveis



Indústria automotiva



Máquinas

AS RELAÇÕES DO MERCOSUL

Mercosul e EUA

Os países que integram o Mercosul firmaram seu primeiro acordo com um parceiro de fora: os Estados Unidos. O chamado acordo "Quatro mais Um " veio a consolidar as bases para o ingresso dos participantes do Mercosul na chamada Iniciativa para as Américas. O acordo prevê a criação de um Conselho Consultivo sobre Comércio e Investimento, denominado simplesmente Conselho. O Conselho será composto por representantes de cada país, sendo que, quando reunidos nos EUA, a presidência do bloco dos países que integram o Mercosul será rotativa. Quando a reunião se der na América Latina, a presidência do bloco será dada ao próprio país que sediará a reunião. O conselho deverá realizar consultas para, entre outros objetivos, promover a abertura de mercado entre os EUA e os países membros do Mercosul e acompanhar o desenvolvimento das relações de comércio e investimento, removendo quaisquer entraves.

2. O Mercosul e CEE

A Comunidade Econômica Européia e os países membros do Mercosul firmaram o Acordo de Cooperação Interinstitucional, visando criar um mecanismo de diálogo e de exploração das possibilidades de maior cooperação entre as partes, com base na experiência de integração dos países da Europa. A cooperação entre os dois blocos econômicos poderá abranger um maior intercâmbio de informações, formação de pessoal, assistência técnica e apoio institucional. O objetivo principal da integração, tanto para a CEE quanto para o Mercosul, seria promover o progresso econômico e social dos países membros. Com o objetivo de desenvolver e intensificar o diálogo Interinstitucional, foi instituído um Comitê Conjunto (CEE e Mercosul), composto por representantes dos dois blocos.


3. O Mercosul e o Nafta

A idéia do North American Free Trade Área - Nafta, assim como a da própria Área Hemisférica de Livre Comércio (AHLC), teve, origem no temor do protecionismo de uma Europa unificada. Integrado por EUA, Canadá e México, o Nafta constituí uma demonstração da tendência à regionalização do comércio no continente. O acordo determina a criação de uma zona de livre comércio entre os três países, englobando a livre circulação de bens, serviços e capitais, mas sem uma tarifa externa comum. Não se trata portanto de uma união aduaneira como na CEE e no Mercosul. O aspecto central do Nafta não é comércio de bens, e sim as questões relativas à liberação de investimentos e serviços.

CONCLUSÃO

As dimensões do comércio do MERCOSUL ainda são relativamente pequenas se comparadas ao comércio mundial. Em linhas gerais, a integração dos quatro países em torno do MERCOSUL deverá aumentar em um terço o potencial de mercado para o Brasil, cinco vezes para a Argentina, em 54 para o Uruguai e em 68 para o Paraguai. De toda forma, dado o seu poder político ainda incipiente, o Mercosul poderá funcionar como primeiro passo de liberação comercial regional, visando a uma união ampla no futuro, que envolva países mais estabilizados e com maior poder político frente a economia mundial.
BIBLIOGRAFIA

JOHNSON, Paul - Tempos Modernos - RJ - Instituto Liberal, 1990LUCCI, Elian Alabi - O Homem no Espaço Global - RJ - Editora Saraiva - 1ª Edição, 1997SEITENFUS, Ricardo - Estudos Avançados - RJ - Fundação Getúlio Vargas, 1992VÁRIOS - Relatório Econômico do Mercosul - Andima (Associação Nacional das instituições do Mercado Aberto) - RJ, 1994