terça-feira, 14 de abril de 2009

AGENTES FORMADORES DO RELEVO

AGENTES FORMADORES DO RELEVO

Relevo pode ser definido como as variadas formas que assumem a superfície do planeta. Tais formas se encontram em constante modificação em razão da atuação de diversas forças internas (agentes endógenos), originadas a partir da dinâmica interna da litosfera, que criam a estrutura do relevo, e externas (agentes exógenos), como chuvas, ventos, etc., atuam esculpindo o as formas do relevo através do seu desgaste ou da acumulação de materiais.

Cordilheira dos Andes (Imagem: Google)

AGENTES ENDÓGENOS

1) TECTONISMO OU DIASTROFISMO

Se dá com a lenta atuação de forças originárias da movimentação da crosta terrestes no sentido vertical (epirogênese) ou horizontal (orogênese).

  • EPIROGÊNESE: movimento de subida e descida de grandes blocos do continente, que ocorrem em terrenos de pouca plasticidade compostos por camadas rochosas resistentes. Essa movimentação provoca fraturas ou falhas (também chamadas de Paráclase) na superfície com o rebaixamento ou elevação de blocos do continente. A parte mais elevada é chamada de pilar ou horst e a mais baixa, de fossa tectônica ou graben. Ocorrendo a fratura sem que haja desnivelamento (chamada de Diáclase), forma-se o chamado Relevo de Juntas.
  • OROGÊNESE: decorre da atuação das forças endógenas em rochas mais flexíveis, que não chegam a se romper. Ocorre a formação de dobras, dobramentos modernos, ou cordilheiras. É um mecanismo que ocorre em terrenos de geologia recente, datados do período terciário da Era Cenozóica e correspondem às grandes cadeias montanhosas atuais (Himalaisa, Andes, Montanhas Rochosas, Alpes, etc.).

OBS.: O Brasil, por possuir uma estrutura geológica antiga, não apresenta dobramentos modernos e, por situar-se no centro de uma placa tectônica, sofre pouca atuação dos demais agentes endógenos.

2) VULCANISMO:

É a expulsão de materiais componentes do manto terrestre para a superfície sob a forma sólida, líquida ou gasosa. A atividade vulcânica é periódica e possui grandes intervalos de calmaria. Os vulcões em funcionamento são chamados de ativos, os que estão adormecidos, são os inativos e ainda existem aqueles cuja atividade já foi extinta. Os principais tipos de vulcão são os Havaianos, que expelem material líquido (lava incandescente) e os Pelanos, que expelem gases e cinzas.

A maior parte dos vulcões existentes no mundo está concentrada em duas áreas principais: O Círculo de Fogo do Pacífico, que concentra cerca de 80% dos vulcões do planeta e compreende as áreas dos Andes, Japão, Filipinas e Rochosas e o Círculo de Fogo do Atlântico, que compreende a América Central, as Antilhas, Açores, Cabo Verde, Himalaia, Mediterrâneo e Cáucaso.

OBS.: No Brasil não há vulcões ativos, mas, no passado remoto, a atividade vulcânica originou ilhas como a de Fernando de Noronha, Trindade e São Pedro e São Paulo no oceano.

2) ABALOS SÍSMICOS:

São vibrações originadas nas profundezas da crosta terrestre, podendo ocorrer no continente (terremotos), ou no oceano (maremotos). O ponto no interior da terra em que o abalo se origina é chamado de Hipocentro e a região onde ele se manifesta na superíficie é chamada de Epicentro. A intensidade dos abalos é medida por um aparelho conhecido como Sismógrafo e expressa através da Escala Richter, que registra a quantidade de energia liberada.

Alguns abalos podem ainda ser originados por desmoronamentos na região interna do relevo ou pela atividade vulcânica, nestes casos os tremores são microssísmicos. Quando a origem é tectônica, os abalos são em geral muito violentos, ou seja, macrossísmicos, principalmente nas àreas próximas às bordas das placas tectônicas.

AGENTES EXÓGENOS

1) AÇÃO EÓLICA:

A ação do vento é a que tem menor poder erosivo e pode se dar por meio de dois mecanismos: a deflação, que se dá diretamente sobre as rochas promovendo a limpeza de partículas soltas, e a corrosão, que é a erosão propriamente dita, em que o desgaste é o é motivado pela da presença de partículas de areia, que se chocam com as rochas ao serem transportadas pelo vento.

O trabalho de transporte das partículas removidas do relevo é seguido da acumulação, que origina as dunas, formações de areia móveis típicas do litoral e dos desertos, onde são conhecidas como Ergs. Sua movimentação se dá de acordo com a direção e a velocidade do vento. O processo de acumulação pode ainda originar o chamado solo de Loess, fino, amareado e fértei, presente na Argentina, China, Rússia, etc.

2) AÇÃO DA ÁGUA:

As águas correntes, compreendidas pelos rios, torrentes e enxurradas, são o agente exógeno de maior atuação no relevo terrestre. Provocadas pelo escoamento da agua pluvial na superfície, as enxurradas e torrentes causam, sobretudo em regiões sem cobertura vegetal, a formação de sulcos profundos, conhecidos como ravinas e de enormes buracos, conhecidos como voçorocas, que em muito interferem na agricultura.

A ação dos rios ocorre por meio da erosão fluvial que promove a escavação dos leitos, por meio do transporte de sedimentos (aluviões) e por meio da sedimentação, com a formação de planícies deltas (depósitos de sedimentos na foz de um rio sob a forma de ilhas que dividem a desembocadura).Quanto maior a vazão e a inclinação do leito de um rio, maior será o seu poder erosivo, portanto, o alto curso dos rios é uma área de intensa erosão, enquanto no curso médio predomina o transporte de sedimentos e no baixo curso, a sedimentação. e

As geleiras atuam sobre o relevo através da erosão glaciária, que, a partir da movimentação de grandes blocos de gelo em função da gravidade, provoca um desgaste profundo nas rochas, com a formação de vales em forma de U ou de V, chamados de fiords. Os sedimentos transportados pelo deslocamento do gelo, que se depositam na base das montanhas, são chamados de morenas ou morainas.

A ação dos mares sobre o relevo se dá pela erosão marinha e pelo transporte e acumulação de sedimentos. A erosão realizada pelo movimento constante das ondas provoca a abrasão dos paredões rochosos do litoral com a formação das falésias ou penedias, muito comuns no sul do Brasil, a partir do desabamento da porção superior da costa. O transporte e a acumulação formam as praias (depósitos de areia ou cascalho), as restingas (cordões de areia formados paralelamente à linha da costa com a formação de lagoas costeiras) e os tômbolos (depósitos de areia que ligam uma ilha ao continente).

3) INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO:

Compreende o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que provocam a desintegração e a decomposição do relevo. No intemperismo físico (atuação da temperatura, por exemplo), próprio de climas secos e quentes, as rochas são degradadas sem a alteração da sua composição, ocorre uma desintegração mecânica.

O intemperismo químico, próprio domínios úmidos, ocorre quando a água ou substâncias nela dissolvidas, reage com os componentes das rochas dissolvendo-os. Há a modificação da química das rochas, que ficam mais suceptíveis à erosão pelos demais fatores exógenos.

O produto do intemperismo é a formação do manto ou regolito, rocha decomposta que repousa sobre a rocha matriz, para que futuramente se transforme em solo. A ação dos agentes orgânicos, como fungos que se depositam nas rochas caracteriza o intemperismo biológico, mas sua ação é despresível em razão da lentidão com que ocorre.

4) AÇÃO DO HOMEM:

Representa um dos principais agentes modeladores da atualidade coma construção e a destruição de inúmeras formas de relevo. A chamada erosão antrópica, também conhecida como erosão acelerada, em virtude da aceleração de processos naturais, se dá não só por meio da ocupação direta, mas também através do desmatamento e das escavações para a construção de estradas, que facilitam a erosão superficial do relevo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

curiosidade

Por que o céu é azul?

Quando você observa o céu à noite, ele é negro, e as estrelas e a Lua formam pontos de luz naquele imenso fundo escuro. Então como é que, durante o dia, ele não continua negro e com o Sol aparecendo como mais um ponto de luz? Por que o céu fica azul claro e as estrelas desaparecem durante o dia?

Bem, a primeira coisa a saber é que o Sol é uma fonte de luz extremamente brilhante, já a Lua apenas reflete parte dessa luminosidade. A segunda é que os átomos de nitrogênio e oxigênio na atmosfera exercem um efeito sobre a luz solar que passa por eles.

Existe um fenômeno físico chamado espalhamento Rayleigh, que faz com que a luz se espalhe ao passar através de partículas com diâmetro igual a um décimo do comprimento de onda (cor) da luz. A luz solar é composta de luz de todas as diferentes cores, mas devido aos elementos presentes na nossa atmosfera, a cor azul é espalhada de maneira muito mais eficiente do que as outras.

Por isso é que você pode ver o Sol como um disco brilhante quando olha o céu em um dia claro. O azulado que você enxerga no resto do céu são todos os átomos da atmosfera espalhando a luz azul na sua direção (como as luzes vermelha, amarela, verde e de outras cores quase não são espalhadas na sua direção, você vê o céu azul).