quarta-feira, 2 de setembro de 2009

GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO

Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98.311 km² (pouco menor que a Coréia do Sul). Também faz parte do seu território o arquipélago de Fernando de Noronha. Sua capital é a cidade do Recife (a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas).
A origem do nome Pernambuco é uma controversa, alguns estudiosos afirmam que era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil (Caesalpinia echinata). A mais aceita no entanto é que o nome vem do tupi Paranã-Puca, que significa "onde o mar se arrebenta", uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.
Os municípios mais populosos são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Caruaru, Petrolina, Cabo de Santo Agostinho, Garanhuns e Vitória de Santo Antão.

Localização
- Região Nordeste
- Estados limítrofes Bahia, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba
- Mesorregiões 5
- Microrregiões 18
- Municípios 185
Capital Recife
Governo 2007 a 2011
- Governador(a) Eduardo Campos (PSB)
- Vice-governador(a) João Lyra Neto (PDT)
- Deputados federais 25
- Deputados estaduais 49
Área
- Total 98.938 km² (19º)
População 2007
- Estimativa 8.706.168 hab. (7º)
- Densidade 80,65 hab./km² (6º)
Economia 2006
- PIB R$55.505.760 (10º)
- PIB per capita R$6.528 (21º)
Indicadores 2000
- IDH 0,718 (2005) (23º) – médio
- Esper. de vida 68,3 anos (25º)
- Mort. infantil 38,4/mil nasc. (25º)
- Analfabetismo 18,5%% (20º)
Fuso horário UTC-3
Fonte.Ibge/Pnud
Relevo
O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa. No Agreste há picos com 1200 m de altitude. O Planalto da Borborema tem altitude média de 600m, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de 800m. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m.
A Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo Aziz AbSaber como Domínio dos Mares-de-Morro.
A principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, porém, trata-se da borda ocidental do Planalto da Borborema, domo que corta alguns estados do Nordeste.
O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares.

Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para oeste: praias protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos, com 40 a 60m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200m no sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas, chamadas planícies aluviais. Fortes contrastes observam-se entre os solos pobres dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.

Planalto da Borborema
Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.
A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m.

Clima
Em pernambuco, existem climas de três zonas, a saber A, B, C. A zona A corresponde aos climas tropicais chuvosos, das Florestas. A Zona B corresponde aos climas quentes e secos, das caatingas(estepes). A zona C engloba os climas mesotérmicos úmidos
Köppen estabeleceu, ainda, varias subtipos climáticos adcionando letras minusculas e simbolos a cada letra maiusculas que indica a zona climatica considerada. Desta forma existem no Estado de Pernambuco os seguintes tipos de clima:
As’ onde A= clima quente e úmido; s’ = com chuvas de outuno inverno.
BSh onde B=clima seco: S=de estepe, h=de baixas latitudes
Associados ao BSh estão os subtipos?
BShs’ BShw e BShw’ onde s’ significa chuvas de outono e inverno; w e w’ indicam, respectivamente, chuvas de verão e chuvas de verão inverno retardadas para outuno.
Cs’a onde C=clima mesótermico; s’=chuvas de outono-inverno e verões quentes;
Cw’a onde C = clima mesotermico; w’ chuvas de verão retardadas para outono e a= verões quentes

Na descrição e analise das condições climáticas do estado de Pernambuco, serão consideradas, de forma sumária, as influencias do relevo, da latitude e dos sistemas atmosféricos.
A temperatura
O estado de Pernambuco situa-se inteiramente numa faixa de baixas latitudes, onde são elavadas, durantes o ano inteiro, as taxas de isolação. A insolação anual, em numero médio de horas que o Sola brilha, fica compreendida entre 2.200 e 2.800.
Não são verificadas, no Estado, altitudes muitos superiores a 1.000m, capazes de reduzir consideravelmente os efeitos térmicos da tropicalidade. Assim, em face da conjugação da latitude e da altitude, predominam, as temperaturas médias anuais elevadas, que definem o dominio dos climas quentes em Pernambuco. As médias térmicas anuais variam de 20°C a 26°C. Na parte Leste, mais especificamente na Zona da Mata, a temperatura anual fica em torno de 24°C. Esse mesmo valor é encontrado na Chapada do Araripe e no Sertão do Moxotó.
As médias térmicas anuais mais elevadas estão ao longo do vale do Pajeú e no vale do São Francisco. As médias térmicas anuais mais baixas verificam-se nas superfícies de cimeira, ou seja, Garanhuns, Taquaritinga do Norte, Poção, Triunfo etc.
Regime de Chuvas
Os regimes de chuvas ocorridos em Pernambuco são determinados pela atuação de diversos sistemas atmosfericos, um dos quais de origemextra tropical.
São identificados no território pernambucano trÊs regimes de chuvas, aqui designados por etras estabelecidade pelo climatologista W.Köppen:
1) Regime de chuvas de verão(w);
O regime de chuvas de verão (w) é determinado pela ação de uma massa de ar quente e úmida oriunda da Região Amazônica. Essa massa de ar, chamada; Massa equatorial Continental (mEC), expande-se sobre grande parte do Brasil tropical, durante o verão, determinando chuvas convectivas. Esse regime caracteriza um ampla areas que se estende desde o Oeste de Pernambuco até as proximidade do Municipio de Arcoverde.
2) regime de chuvas de verão-outono(w’)
O regime de chuvas de verão-outono(w’) é uma decorrencia de um sistema atmosférico denominado Zona de Convegência Intertropical (ZCIT) é um sitema de ara quente e úmido que se forma nas zonas de baixa pressões equatorias. Ele acarreta, a exemplo da mEC, chuvas convectivas. Em Pernambuco ,as chuvas da ZCIT acontecem no final do verão e inicio do outono. Esse regime se manifesta no Semi-Árido pernambucano, nas microrregiões do Pajeú, do Salgueiro, Araripina e do Sertão do Moxotó.
3) Regime de chuvas de outono-inverno (s’)
O regime de chuvas de outono-inverno(s’) é provocado pela ação de um sistema atmosférico extratropical – Frente Polar Atlântica (FPA) e pela Ondas de Leste. A FPA atua mais intensamente na parte oriental de Pernambuco durante o inverno, mas as suas descargas também podem ser observadas durante o outono. As Ondas de de Leste, representadas por grandes massa de nuvens, formam-se sobre o oceano atlântico e avançam de leste para oeste, nos meses de outono inverno (marco a julho, aproximadamente). Sobre a Zona de Mata pernambucana, provocando pesados aguaceiros. Excepcionalmentes, as Ondas de Leste podem chegar até o Agreste do Estado.
No tocante à distribuição espacial das chuvas, nota-se em Pernambuco, que os maiores valores médios anuais de chuvas são verificados na parte Oriental, ou seja, na Zona da Mata. O Sul da Zona da Mata apresentam médias anuais de chuvas superiores a 1.800mm.
No municipios de barreiros, por exemplo, o índice pluviométrico supera 2.000 mm/ano. De uma meneira geral, a Zona da Mat possui precipitações médias anuais compreendidas entre 2.200mm e 1.000mmm.
A área Semi-árida de pernambuco apresenta precipitações anuais iguais ou inferiores a 800mm. As áreas mais secas do Sertão têm uma média de chuvas de 400mm/ano. Tais areas situam-se no vale do São Francisco e no Sertão do Pajeú.
No domínio do Semi-Árido pernambucano, são encontrados “ilhasde umidade”, ou brejos, onde se observam índices anuaisde chuvas mais elevadas, da faixa de 900 a 1.000 mm. São exemplos dessas áreas triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte. O relevo mais elevado é fator determinante na existência desses brejos
Pernambuco tem uma área de 87.317 km² localizados no chamado Polígono das Secas, que se estende do extremo norte de Minas Gerais, até o Piauí e está sujeita a secas periódicas. Essa área corresponde a 88,84% do território pernambucano, ocupando as regiões do agreste e sertão. É a região com as menores e mais irregulares precipitações pluviométricas. A média anual não supera os 600 mm, com o registro vários anos em que as chuvas não alcançam os 200 mm anuais e, muitas vezes, ocorrendo num curto período de 5 a 10 dias.
No agreste e sertão aparecem áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com temperaturas que podem chegar a 8°C durante o inverno , como Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude.
Outra exceção é a mesorregião do São Fransisco, mais úmida que as circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente dele.
Municípios como Triunfo, Poção, Capoeiras, Caetés, Garanhuns, Lajedo e Saloá são classificados como Cw'a ou Cs'a (temperatura média do mês mais frio abaixo de 18°C[7]). Curiosamente, tais classificações são de clima mediterrânico, incomuns na região.

Vegetação
A vegetação litorânea do estado de Pernanbuco apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneias e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.
Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru.

Hidrografia
Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na Região Metropolitana do Recife. Na periferia do município do Recife encontram-se dois belos cartões postais do município, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco, localizado na mesorregião Agreste, próximo ao município de Surubim.
Os manguezais são abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem).
Porém, nos anos 90, houve um programa de re-implantação do mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por toda o município.

Rios
Verifica-se a existência de dois grandes receptores de águas pluviais no espaço de pernambucano, um representado pelo Oceano Atlântico para onde correm os rios das regiões da Mata e do Agreste, ou seja, Drenagem exorréica (rios que deságuam no mar ou fora do continente, com exceção do Ipanema, e Perenes ou permanentes diminuem o volume mais não secam. Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais
E outro representado pelo São Francisco, para onde correm os rios setanejos, Drenagem Endorreica (rios que deságuam dentro do continente), esse rios são Intermitentes ou Temporarios com exeção do Chico. Ex.O rio brígida, Terra nova, Pontal, e Pajeú.
O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação e é fundamental no desenvolvimento da hortifruticultura exportadora do vale do São Francisco. E para o funcionamento das Usina Hidreléticas, Três Marias, Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho.

Os grandes problemas dos rios pernambucanos são; o assoaremento e a falta de: estações de tratamento de água e sanemento básico, urbanizção acelerada, coleta regular de lixo.

Litoral
É característica do litoral norte suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras, bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha. Ambas as ilhas têm estações de pesquisa ambiental.

Demografia
Segundo o IBGE, o estado de Pernambuco tem aproximadamente 8.413.593 habitantes em 2005, dos quais a maioria é parda. Pernambuco tem 47% da população composta de homens, e 53% de mulheres, também segundo o IBGE.
Cidade Região População
Recife RMR 1.549.980
Jaboatão RMR 678.346
Olinda RMR 395.850
Paulista RMR 315.302
Caruaru RMR 295.558
Petrolina Sertão 276.174
Cabo RMR 170.986
Camaragibe RMR 141.973
Garanhuns Agreste 130.154
Vitória Stº A Zona M 125.681
São Lourenço da Mata RMR 99.136
Igarassu RMR 98.601
Abreu e Lima RMR 95.670
Serra talhada RMR 79.484
Santa cruz Capibaribe Sertão 79.410
Araripina Sertão 79.404
Belo Jardim Agreste 74.590
Gravatá Gravatá 74.548
Goiana Zona da M 74.182
Ipojuca RMR 74.059
No século que separa 1900 de 2000, o estado aumentou sua população em quase sete vezes, passando de 1.178.150 habitantes em meados de 1900 para 7.918.344 em 2000.

Municípios mais populosos
As cinco cidades mais populosas do estado são: Recife (1.549.980), Jaboatão dos Guararapes (678.346), Olinda (395.850 ), Paulista (315.302 ) e Caruaru(295.558 ), segundo dados do IBGE de 2008.Fonte:IBGE.2008
Segundo dados estatísticos do IBGE Pernanbuco contava em 2000 com uma população aproximadamente de 7.918.344 habitantes o que correspondia a 4,7 % da população brasileira ,sendo o estado de Pernanbuco uma das unidades da federação de menor surpefiicie 1,2%do território nacional o mesmo não ocorre em relação a sua população absoluta e a sua densidade demográfica visto ser uma das unidades da federação mais populosas bem como um dos primeiros colocados quanto a densidade demográfica .
A Importância de Pernanbuco no contexto brasileiro, é uma decorrencia não só do contingente populacional que abriga mas também ,pela Importância de sua capital a cidade do Recife,uma das mais populosas do país com cerca de 1.521.146 em 2007.
O censo de 2000 revelou que a população urbana de Pernanbuco é hoje maior que a população rural. Cerca de 76,5% dos habitantes do estado moram nas cidades. A densidade demográfica estadual é de 80,3 hab./km².

Economia
A economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, têxtil).
A economia de Pernambuco, após ficar estagnada durante a "década perdida" de 1985 a 1995, vem crescendo rapidamente do final do século XX para o começo do século XXI. Em 2000, o PIB per capita era de R$ 3.673, totalizando um crescimento de mais de 40% nesse período, e mais de 10% ao ano.
Desde o início da dominação portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando.
Vêm sendo explorados recentemente novas fontes de extrativismo , além de floricultura e o setor industrial em torno da empresa de Suape, fundada em 1979. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos.
Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional, com grande capacidade para aviões cargueiros do município. O município de Gravatá é um dos principais produtores de flores temperadas do Nordeste .
O crescimento da monocultura de cana-de-açúcar (aumento de 20% entre a safra de 1999 e a de 2000) vem diminuindo a cada ano, e eventualmente será nula, posteriormente tendendo a regredir. Perde espaço para a indústria , comércio e serviços no estado.




Evolução do PIB de Pernambuco IBGE.2008
Anos PIB
(em reais)
PIB per capita
(em reais)

2002
35.251.387.000 4.328
2003
39.308.429.000 4.774
2004
44.010.905.000 5.287
2005
49.903.760.000 5.931
Indústria e tecnologia
Entre 1997 e 1999, a empresa de Suape - grande complexo industrial e portuário do litoral sul do estado - teve crescimento de 16,7%. O estado tem a segunda maior produção industrial do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial do estado foi o segundo maior do Brasil - 6,3%, mais do dobro da média nacional no mesmo período (2,3%).
Recentemente Pernambuco foi escolhido para a implantação de unidades das seguintes empresas, entre eles o maior estaleiro do hemisfério sul, o Estaleiro Atlântico Sul:
• Petrobrás e PDVSA - Refinaria;
• Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Samsung-Estaleiro Atlântico Sul;
• Hemobrás - Fábrica de Hemoderivados;
• Novartis - Fábrica de Vacinas;
• Bunge - Moinho;
• CSN - Siderúrgica;
• Gerdau - Usina;
• Mossi & Ghisolfi - Fábrica de resina PET.
Outro segmento que merece destaque é o da extração mineral. O pólo gesseiro de Araripina é o fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.
O pólo de informática do Recife - Porto Digital - apesar de criado há apenas 6 anos, está entre os cinco maiores do Brasil . Emprega cerca de três mil pessoas, e tem 3,5% de participação no PIB do estado.

Agropecuária
Entre os principais produtos agrícolas cultivados em Pernambuco encontram-se o algodão arbóreo , a banana , o feijão , a cana-de-açúcar , a cebola , a mandioca , o milho , o tomate e a uva . Na pecuária destacam-se as criações de bovinos , suínos , caprinos e galináceos merece destaque, em Pernanbuco, a expanção que vem tendo a partir dos anos 70 da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco com projetos de irrigação hortifrutícolas implantadas com o apoio da CODEVASF .
São grandes os investimentos aplicados em uma produção voltada para o mercado externo . Sobressaem-se frutas ,como: acerola , graviola goiaba , manga , melão , melancia e a uva

Mineração
argila, água mineral caulim, calcário, ferro,gipsita, granito, ouro e quartzo . O município de Araripina destaca-se pela extração mineral da gipsita onde a região do sertão do araripe localizam-se as maiores reservas do país, e é fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.

Papel de Centralizador Econômico
Por sua posição geográfica e disposições históricas, o estado atua como um centralizador econômico no Nordeste há séculos. Num raio de 300km do Recife, vivem 12 milhões de pessoas, R$ 54,7 bilhões de PIB , mais da metade dos centros de pesquisa da Nordeste, quatro grandes portos e dois aeroportos internacionais. Ao estender o raio para 800 km, se concentra 90% do PIB de toda a região Nordeste.
Isso se deve principalmente à posição central do estado e da RMR em relação ao Nordeste e da proximidade da cidade do Recife de outras capitais de estado como João Pessoa e Maceió, além de importantes centros urbanos interioranos como Campina Grande, Caruaru, Garanhuns e Arapiraca.
Turismo
Litoral Sul
O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural da Humanidade, e suas 16 praias. Faz divisa ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas.
O litoral sul do estado, que têm cerca de 110km de praias, é famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas.
Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do litoral. Conta também com importantes pólos industriais, principalmente petroquímicos, e o porto de Suape, de importância nacional.
Atualmente o litoral sul vive uma fase de progresso franco e rápido. Só na praia de Muro Alto, localizada no município de Ipojuca, foram investidos mais de R$ 70 mi pela iniciativa privada para a construção de resorts de nível internacional, aptos a receber hóspedes de todos os países. Através do Programa de Desenvolvimento Integrado do Turismo, no litoral sul foram investidos US$ 25 mi para obras de infra-estrutura, capacitação de mão-de-obra e preservação do patrimônio histórico. Com o Fundo de Amparo ao Trabalhador, foram capacitados cerca de 890 profissionais para a área de turismo. Pelo mesmo fundo, 2400 pessoas foram treinadas para trabalhar nas indústrias do litoral. [22]
Praia mais famosa do litoral sul, Porto de Galinhas ajuda a duplicar a população de Ipojuca todo verão. Os 60 mil habitantes do município desfrutam de 10 mil vagas de trabalho, diretas e indiretas, provenientes exclusivamente do turismo, ultrapassando a capacidade máxima de 7 mil postos oferecidos pelo secular trabalho nos latifúndios de cana-de-açúcar. Segundo a Associação da Indústria Hoteleira em Pernambuco (ABIH/PE), 90% da mão-de-obra empregada nos hotéis, restaurantes, lojas de artesanato e demais segmentos turísticos são oriundos da próprio município de Ipojuca e arredores. [23]
As principais praias do litoral sul são as dos municípios de:
• Recife (Boa Viagem e Pina)
• Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada, Candeias, Piedade)
• Cabo de Santo Agostinho (Calhetas, Enseada dos Corais, Gaibu, Itapuama, Paiva, Paraíso, Suape e Xaréu)
• Ipojuca (Camboa, Cupe, Muro Alto, Pontal de Maracaípe, Porto de Galinhas e Serrambi)
• São José da Coroa Grande (São José da Coroa Grande Barra da Cruz, Gravatá e Várzea do Una)
• Sirinhaém (Barra de Sirinhaém, Guadalupe e Gamela)
• Tamandaré (Tamandaré, Mamocambinhas e dos Carneiros)
As praias de Piedade e Candeias são densamente habitadas, cercadas por altos edifícios de luxo. A partir de Itapuama, o padrão das praias passa a ser de longas faixas de areia pouco habitadas, onde é praticado pelos nativos pesca e artesanato, e se encontram os diversos hotéis e resorts.
A economia do litoral sul não-urbano é baseado em turismo e artesanato. Em Porto de Galinhas, há diversos restaurantes, bares, lojas de artesanato e de artigos de mergulho, casas de shows, além de dezenas de hotéis e pousadas.
Litoral Norte
O Litoral Norte do Estado é mais densamente habitado do que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa da Paraíba. Tem um dos sítios históricos mais importantes da região, como o município de Olinda e a de Itamaracá, povoada desde 1508. Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange, são muito visitados por turistas que passam pela região.
Além das praias, também é conhecido por ter o Veneza Water Park, um dos maiores do Brasil , na praia de Maria Farinha.
As principais praias do Litoral Norte são as dos municípios de:
• Paulista (Maria Farinha, Conceição, Pau Amarelo e Janga)
• Goiana (Carne de Vaca e Ponta de Pedras)
• Itamaracá (Itamaracá e Gavoa)
• Olinda (Rio Doce e Casa Caiada)
Fernando de Noronha
O estado administra a ilha de Fernando de Noronha, famosa ilha, que atrai muitos turistas todos os anos, que vão lá atraídos pelas belas praias, algumas das mais bonitas de todo o país. A ilha também é considerada o melhor lugar para à prática de Surf de todo o Brasil, e é lá que ocorrem os principais campeonatos da modalidade no Brasil.

Saúde
Apesar da grande carência de instalações de saúde básicas no interior do estado, a capital possui dezenas de grandes hospitais e três grandes hospitais públicos (da Restauração, Barão de Lucena e Getúlio Vargas, além do Hospital das Clínicas, da UFPE) que atendem a enfermos de toda a Região Metropolitana e também dos oriundos do interior. O pólo de hospitais particulares, equipados com máquinas de última geração, faz da capital Recife o segundo maior pólo médico e hospitalar do Brasil.
Mortalidade Infantil 41,2%
Médicos 12,6 por 10 mil hab
Leitos Hospitalares 02,7 por 1000 hab
Ibge 2007
Educação
As principais instalações educacionais do estado estão concentradas na capital, que conta com a sétima melhor universidade federal do país e a vigésima segunda da América Latina, a UFPE.
Ensino superior
Pernambuco tem suas principais faculdades e universidades fundadas no século XIX e XX. Algumas se destacaram nacionalmente. A centenária Faculdade de Direito do Recife, hoje vinculada à UFPE, fundada a 11 de agosto de 1827, foi o primeiro curso superior do Brasil, aprovada juntamente com a de São Paulo, ainda sob governo de Dom Pedro I. Nela importantes nomes da história brasileira estudaram, destacando o poeta, abolicionista e escritor baiano Castro Alves e o diplomata, escritor e político abolicionista Joaquim Nabuco.
A UFPE, que, completou 60 anos em 2006, é uma das mais antiga instituições federais do Brasil. Há também a Universidade Federal Rural de Penambuco UFRPE, fundada em 1912 como Escola Superior de Agricultura, hoje a instituição desenvolve suas atividades voltadas para a busca intensa do conhecimento científico nas áreas de Ciências Agrárias, Humanas e Sociais, Biológicas, Exatas e da Terra.
O Estado possui dois Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano), antigos CEFETs e escolas técnica e agrotécnicas federais, que além de se dedicarem ao ensino técnico, a quase 100 anos, têm oferecido com excelência cursos superiores tecnológicos.
Outra instituição importante é a UPE, Universidade de Pernambuco, antiga FESP, que é uma universidade estadual com campus avançados em várias cidades do interior do Estado.

Transportes
A principal forma de transporte do estado são rodovias. As mais importantes são a BR-101, que, avançando pela costa pernambucana, liga o norte ao sul do estado, passando pela RMR, e a BR-232, ligando a capital ao interior do estado, no sentido leste-oeste.
Rodovias As mais importantes são a BR-101, na costa do estado, no sentido de norte-sul, passsando pela Grande Recife, e a BR-232, que se estende em sentido leste-oeste partindo da cidade do Recife, onde começa no trevo da avenida Abdias de Carvalho com a BR-101, em direção ao interior do estado. A ligação BR-316/122/407/428/110 faz a ligação das localidades da margem esquerda do São francisco em Pernambuco entre Petrolina e Petrolândia.
Aeroportos
O estado tem dois aeroportos internacionais. O Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre é o maior aeroporto do Norte-Nordeste, com uma pista de 3305 m e capacidade para 5 milhões de passageiros ao ano. O Aeroporto de Petrolina possui a segunda maior pista de pouso do Nordeste e o seu principal emprego é no transporte da produção de frutas do Vale do São Francisco para o exterior.
Portos
Pernambuco apresenta dois portos marítimos: o de Suape, segundo maior do Brasil, localizado no município de Ipojuca, e o do Recife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início ao Recife.
Ferrovias
O estado teve uma das primeiras ferrovias do país - a Recife-Cabo de Santo Agostinho, inaugurada a 8 de setembro de 1855, ainda no Brasil Império, construída para transporte de passageiros e carga. Logo após completada, foram iniciados os trechos Ipojuca-Olinda-Escada e em seguida Limoeiro-Ribeirão-Água Preta-Palmares. Em 1882, foi completado o trecho Palmares-Catende, seguido de Garanhuns (1887), Mimoso (1911), Arcoverde (1912) e Salgueiro. A novidade provocou curiosidade e festividade entre os recifenses. Em sua estréia, o trem da linha Recife-Cabo, partindo do Forte das Cinco Pontas transportou mais de 400 pessoas. A locomotiva partiu às 12h e 30 minutos depois atingiu o ponto de chegada, onde uma multidão aguardava.
Transnordestina
Consiste em 867km de ferrovias interligando o centro do Nordeste com o Sudeste. Foi sugerida já no século XIX, e permaneceu como promessa até os dias de hoje. A transnordestina é uma ferrovia que liga o Porto de Suape, no Recife, ao Porto de Pecém em Fortaleza, cruzando praticamente todo o território do estado de Pernambuco.

Cronologia
1954: Foi autorizada durante o Encontro de Salgueiro (evento de criação da Sudene) a construção de um primeiro trecho Serra Talhada-Salgueiro, que deveria seguir até o Ceará - projeto datado do século XIX. Apesar da autorização, nada foi feito.
1987: Ministério dos Transportes apresenta outro projeto da Transnordestina, onde seriam construídas várias seções no interior do estado, além da recuperação de 1.635km de ferroviais. O investimento anunciado era de quase um bilhão de dólares (US$ 951,3 milhões). Nada foi feito.
1991: Profissionais da Rede Ferroviária Federal e do Departamento Nacional de Transportes Ferroviários vão a Petrolina, inspecionar a primeira etapa da Transnordestina, "iniciada" em 1990 (trecho Petrolina-Salgueiro). Surgem denúncias de superfaturamento nas contratações, e o governo federal imediatamente suspende a construção, sem que de fato houvesse sido construída seção alguma da ferrovia, nem a prometida recuperação dos 637km do trecho Salgueiro-Suape.
1998: Privatização da Transnordestina .
Metrô do Recife
Foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro, de 6,2km de extensão. Seguiram-se construções de outras estações, e em outubro de 1986 chegou ao Terminal Integrado de Passageiros, TIP (rodoviária do Recife). Atualmente estão sendo feitas obras para a expansão da rede em direção ao aeroporto, apresentando projeto de integração com o mesmo
Terminal Integrado de Passageiros
A unidade de integração metrô-ônibus foi inaugurada a outubro de 1986, sendo a segunda maior estação rodoviária do país. Ocupa 446.000 m², e possui diversas lojas em seus quatro pisos

Fique Por Dentro

Transposição do rio São Francisco







Mapa da Transposição - Fonte:Agência Brasil/Governo Federal
A transposição do rio São Francisco se refere ao polêmico e antigo projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". O projeto é um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MI. Orçado atualmente em R$ 4,5 bilhões, que prevê a construção de dois canais que totalizam 700 quilômetros de extensão. Tal projeto, teoricamente, irrigará a região nordeste e semi-árida do Brasil. A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato de ser uma obra cara e que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro e também que se a transposição for concretizada afetará intensamente o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco. Há também o argumento de que essa transposição só vai ajudar os grandes latifundiários nordestinos pois grande parte do projeto passa por grandes fazendas e os problemas nordestinos não serão solucionados. O principal argumento da polêmica dá-se sobretudo pela destinação do uso da água: os críticos do projeto alegam que a água será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e dessendentação animal é maior que a demanda na região de destino e que a finalidade última da transposição é disponibilizar água para a agroindústria e a carcinicultura.

Histórico
A idéia de transposição das águas existe desde a época de Dom Pedro II, já sendo vista como única solução para a seca do nordeste. Naquela época não foi iniciado o projeto por falta de recursos da engenharia. Ao longo do século XX, a transposição do São Francisco continuou a ser vista como a solução para o acesso à água no Nordeste. A discussão foi retomada em 1943 por Getúlio Vargas. O primeiro projeto consistente surgiu no governo João Batista de Oliveira Figueiredo após a maior estiagem da história (1979-1983), executado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca. Em agosto de 1994, o presidente Itamar Franco enviou um Decreto ao Senado, declarando ser de interesse da União estudos sobre o potencial hídrico bacias das regiões Semi-Áridas dos Estados do Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Fernando Henrique Cardoso, ao assumir o governo, assinou o documento "Compromisso pela Vida do São Francisco", propondo a revitalização do Rio e a construção dos canais de transposição: o Eixo Norte, o Eixo Leste, Sertão e Remanso. Previa ainda a transposição do Rio Tocantins para o Rio São Francisco. Tais projetos não foram adiante, mas durante seu governo foram criados o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco-CBHSF e o Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco-PCRBHSF, ambos através do Decreto de 5 de junho de 2001. Estes órgãos foram criados no marco do novo modelo de gestão dos recursos hídricos, expresso pela Lei das Águas. Os Comitês das Bacias, compostos por representantes dos estados e municípios cujos territórios contenham parte da bacia, dos usuários das águas e entidades civis de recursos hídricos que atuem na bacia, representam uma forma descentralizada e participativa da gestão dos recursos hídricos.
Durante o primeiro mandato do Presidente Lula, o governo federal contratou as empresas Ecology and Environment do Brasil, Agrar Consultoria e Estudos Técnicos e JP Meio Ambiente para reformularem e continuarem os estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto pelo Ibama. Os estudos foram conduzidos em duas frentes:
1. Estudos de Inserção Regional, que avaliou a demanda e a disponibilidade de água no Nordeste Setentrional, considerando uma área mais ampla que a beneficiada pelo empreendimento;
2. Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica,considerando o melhor traçado dos canais, o planejamento e custo das obras, e a sua viabilidade econômica.
Estas empresas foram responsáveis pelos Estudos de Impacto Ambiental - EIA e pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), apresentados em julho de 2004, que contêm a versão atual do projeto, agora intitulado Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional.
Também em julho de 2004, o Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia do São Francisco foi aprovado pelo CBHSF, durante reunião em Juazeiro, na Bahia, à exceção do ponto que definiria o uso externo das águas da bacia, que foi postergado para uma reunião extraordinária, após pedido de vistas pelo Secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente – MMA, a fim de assegurar uma melhor avaliação pelo assunto. Durante esta reunião extrarodinária, em outubro de 2007, as atribuições do comitê para definir os usos das águas do Rio São Francisco foi questionada pelo Secretário do MMA, que propôs que tal matéria fosse definida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, presidido pela então Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, no qual a maioria dos membros é representante do governo. Ao votar a matéria, o Comitê considerou legítimas as suas atribuições e por por 42 votos contra 4, estabeleceu que as águas do São Francisco só poderiam ser utilizadas fora da Bacia em casos de escassez comprovada e para consumo humano e dessedentação animal. Tal medida, segundo o Comitê, justifica-se devido à degradação que vem sofrendo o Rio e também devido às disputas e conflitos já ocorrem pelo uso da água. Para o comitê, dos 360 m³/s de água outorgáveis para os vários usos, a maior parte já está outorgada, restando pouca água disponível para os usos internos atuais e futuros dentro na própria bacia.
Entretanto, através da resolução 47/2005 (17/1), o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), aprovou o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. No entender da Agência Nacional de Águas,: "O comitê de bacia é órgão responsável pela aprovação do plano da bacia onde são definidas as prioridades de obras e ações no âmbito da bacia hidrográfica e tem o papel de negociador, com instrumentos técnicos para analisar o problema dentro de um contexto mais amplo. Todavia, a outorga de direito de uso da água na bacia é de responsabilidade dos órgãos gestores estaduais e da ANA. A deliberação sobre ações que transcendem o âmbito da bacia é de responsabilidade do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, órgão superior do sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos".
Estabeleceu-se assim um conflito de competências e interpretações da lei que vem sendo alvo de disputas judiciais ainda em curso.
Em julho de 2007, o Exército Brasileiro iniciou as obras do Eixo Leste. O Consórcio Águas do São Francisco, composto pelas empresas Carioca, S.A. Paulista e Serveng serão responsáveis pelas obras do Lote 1 do Eixo Norte e a Camargo Correia executará as obras do lote 9 do Eixo Norte..
Outra transposição na bacia do rio São Francisco
Esta transposição citada acima não é a primeira na bacia do Velho Chico. Em 1963, visando não inundar da cidade de Capitólio, o Rio Piumhi, afluente do Rio Grande, teve toda sua bacia (com seus 22 afluentes), juntamente com sua ictiofauna, transposta para a Bacia do Rio São Francisco quando da construção da Usina Hidrelétrica de Furnas. Atualmente, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos e da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolvem pesquisas na região.

Descrição
Com previsão de beneficiar 12 milhões de pessoas, o projeto prevê a captação de 1,4% da vazão de 1.850 m³ /s do São Francisco, dividida em dois eixos de transposição:
• Eixo Norte: Constitui-se em um percurso de cerca de 400 km, com ponto de captação de águas próximo à cidade de Cabrobó-PE. As águas seráo transpostas aos rios Salgado e Jaguaribe até os reservatórios de Atalho e Castanhão no Ceará; ao Rio Apodi, no Rio Grande do Norte; e Rio Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte, chegando aos reservatórios de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, na Paraíba, ambos na Paraíba e Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte. Em Pernambuco, prevê-se a disponibilização de água para atender a demanda dos municípios banhados pelas bacias dos rios Rio Brígida, Rio Terra Nova e Rio Pajeú, que compartilham a Bacia do São Francisco. Na região de Brígida, uma ramificação do canal de transposição com de 110 km de extensão está previsto para conduzir parte das águas até os açudes de Entre Montes e Chapéu. O projeto prevê uma vazão máxima de 99 m³ /s e uma vazão de operação de 16,4 m³ /s. Segundo o Ministério da Integração Regional, a capacidade máxima será utilizada em períodos de escassez de água nas bacias receptoras e quando a usina hidrelétrica de Sobradinho estiver com sua capacidade máxima, acumulando água nos reservatórios supra-citados.
• Eixo Leste: As águas deste eixo percorrerão a distância de 220 km, a partir da barragem de Itaparica, no município de Floresta (Pernambuco), alcançarão o rio Paraíba, na Paraíba e deverão atingir os reservatórios existentes nas bacias receptoras: Poço da Cruz, em Pernambuco, e Epitácio Pessoa (Boqueirão), na Paraíba. Ramificações serão construídas para transferir parte da vazão para as bacias do Rio Pajeú, do Rio Moxotó e para região agreste de Pernambuco, através da construção de um ramal de 70 km que interligará o Eixo Leste à bacia do rio Ipojuca. A vazão máxima prevista é de 28 m³ /s, mas a vazão média operacional será de 10 m³ /s. De forma similar ao Eixo Norte, prevê-se que o sistema possa operar na vazão máxima em períodos de necessidade da bacia receptora e quando Sobradinho esteja vertendo para acumular água nos reservatórios ao final dos canais.
A engenharia dos eixos de integração consiste em canais de terra abertos, de seção trapezoidal de 25 metros de largura e cinco de profundidade, com revestimento composto por uma membrana plástica impermeável recobertos por concreto. Nas regiões de travessia de riachos e rios serão construídos aquedutos. Para ultrapassar regiões de maior altitude, serão construídos túneis. Para chegar ao seu destino, as águas devem vencer barreiras impostas pelo relevo. Nove estações de bombeamento para elevar a água serão construídas: três no Eixo Norte, para vencer altitudes de 165 m e seis no Eixo Leste, onde as águas serão elevadas à altitude de 304 m. Está prevista ainda a construção de 30 barragens ao longo dos canais, que funcionarão como reservatórios de compensação para permitir o escoamento da água mesmo durante as horas em que o bombeamento esteja desligado (3 a 4 horas por dia).
Fazer a transposição e manter a estrutura funcionando têm custos altos. Isso encarecerá a água para o consumidor. O custo final da água será R$ 0,13 por 1000 litros (m³).
O Rio São Francisco é responsável por boa parte da geração de energia do país e é bastante navegável, o que propicia eficiência no transporte de cargas. O São Francisco possui uma grande importância econômica na região por onde passa, pois, é usado para irrigação de plantações e pesca.A sua importância socialmente é de que ele fornece água e alimento (peixes) para a população.
Relatório de impacto ambiental
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), divulgado pelo Ministério da Integração Nacional, o projeto visa ao fornecimento de água para vários fins, sendo que a maioria seriam dedicados à irrigação: 70% para irrigação, 26% para uso industrial e 4% para população difusa. Prevê-se que o sistema de transposição esteja em plena operação entre 15 e 20 anos do início das obras.
A área de abrangência dos impactos divulgados pelo RIMA compreende uma faixa ao longo dos canais de transposição com 5 km de largura para cada lado. Uma das críticas que se faz ao projeto é a ausência de estudos sobre os impactos na bacia doadora e seus afluentes e nas bacias receptoras.
O RIMA relatou 44 impactos ambientais previstos devido à obra. Destes 23 foram considerados os principais. São eles:
Impactos positivos:
1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.
2. Geração de cinco mil empregos durante a construção da obra (quatro anos), sobretudo nas cidades onde serão implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em termos de geração de empregos.
3. Aumento a renda e o comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá grande incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os canteiros de obra. A longo prazo, a elevação do emprego e renda virão da agricultura irrigada e da indústria que serão conseqüência da transposição.
4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de abastecimento urbano já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais.
5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado.
6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural. 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudona Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%).
7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas. Pode-se viabilizar, de acordo os estudos realizados, aproximadamente, 161.500 hectares, em 2025, sendo 24400 hectares para irrigação difusa ao longo dos canais e 137.100 hectares.para irrigação planejada.
8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será beneficiada com as águas do São Francisco.
9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.
10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de água. Estima-se que baixará em cerca de 14.000 o número de internações provocadas por doenças de associação hídrica no ano de 2025 de uma previsão de 53 mil na ausência do projeto.
11. Redução da pressão na infra-estrutura de saúde devido à diminuição dos casos de das doenças trazidas pelas águas impróprias.
Impactos negativos:
1. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras.
2. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos distintos dos existentes, a alteração dos volumes de água nos rios receptores promoverá uma seleção das espécies. Peixes e outros organismos aquáticos são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da história da região.
3. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras. A seleção entre as espécies exóticas e nativas das regiões receptoras pode impactar na redução de espécies nativas.
4. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os canais, imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao término da obra, a dispensa de trabalhadores podem ser focos de conflito.
5. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterará o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades.
6. Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis.
7. Pressão na infra-estrutura urbana nas cidades que irão receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde. O aumento do nível dos reservatórios pode provocar doenças relacionadas à água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis.
8. A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em risco de perda deste patrimônio devido às escavações, nas áreas a serem inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será aumentado.
9. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível desaparecimento do habitat de animais terrestres habitantes destas regiões. As espécies da flora mais relevantes são Caatinga Arbórea e a Caatinga Arbustiva Densa.
10. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região, como piranhas e pirambebas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em água parada.
11. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução biodiversidade de peixes.
12. Alguns rios não têm capacidade para receber o volume de água projetado, inundando os riachos paralelos.
• Demais impactos citados no relatório:
Dos outros 21 impactos que constam no relatório, somente o primeiro listado abaixo é considerado positivo. Os demais são classificados como negativos, segundo a página 75 do RIMA. São eles:
1. Aumento da recarga fluvial dos aqüíferos.
2. Modificação no regime fluvial do Rio São Francisco.
3. Redução da geração de energia elétrica no Rio São Francisco.
4. Perda das receitas municipais que são pagos como compensação aos municípios onde se concentram as usinas hidrelétricas.
5. Peixes e outros organismos aquáticos são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da história da região.
6. Aumento das atividades de caça e diminuição da população de espécies cinergéticas devido ao desmatamento na fase de construção. Os animais ameaçados por estas atividades são os anfíbios, répteis, mamíferos e aves. Alguns destes animais encontram-se vulneráveis ou ameaçados de extinção regional, como o tatu-bola, a onça-pintada, o macaco-prego, tatuí, porco-do-mato e o tatu-de-rabo-mole.
7. Diminuição da diversidade de fauna terrestre.
8. Perda de terras apropriadas para agricultura.
9. Instabilização das encostas no entorno dos corpos d´água.
10. Geração ou incremento da erosão e carreamento de sedimentos durante a construção.
11. Início ou aceleração dos processos de desertificação durante a operação do sistema.
12. Alteração do comportamento hidrossedimentológico dos corpos d´água.
13. Risco de eutrofização dos novos reservatórios.
14. Risco de acidentes com a população durante a obra devido ao trânsito de máquinas e equipamentos.
15. Aumento de emissão de poeira durante a construção e operação do sistema.
16. Conflitos nas áreas de mineração pelas quais passarão as águas.
17. Especulação imobiliária ao longo das várzeas por onde passarão os canais.
18. Risco de acidentes com animais peçonhentos, sobretudo cobras.
19. Aumento e/ou aparecimento de doenças: O aumento do nível dos reservatórios e das águas nos rios pode provocar doenças relacionadas à água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis.
20. Risco da proliferação de vetores: os canais, reservatórios e açudes são ambientes propícios ao hospedeiro da esquistossomose e vetores da dengue, malária e febre amarela.
21. A propagação das doenças acima pode pressionar os serviços de saúde na região atingida.
Estes dados se referem ao relatório de impactos ambientais divulgados pelo governo. Segundo Jorge Khouri, então presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, este estudo de impacto ambiental se refere somente aos eixos a serem implementados. Os estudos sobre os impactos na bacia doadora e nas bacias receptoras não foram efetuados. A ausência de estudos sobre os impactos na foz também é questionada. Segundo Nota Pública do Comitê, após a regularização da vazão no rio, imposta pela operação das hidrelétricas, o avanço do mar no litoral norte de Sergipe provocou a destruição de dois povoados na Foz do Rio São Francisco, em 1998 e em 2005, estando esta região bastante sensível a novas intervenções.
É necessario reafirmar que não é calculável em valores exatos os danos totais que este projeto poderia causar, portanto é certo de que a lista acima é um Sumário, de forma que a lista desses impactos -tanto os previsíveis ou os não - se estende muito mais além dos pontos citados.
Programas ambientais propostos
O RIMA propõe ainda 24 programas ambientais a serem implementandos, com a função de prevenção, atenuação e correções de impactos, bem como para monitorar e acompanhar as mudanças ambientais na região. Alguns deste programas propostos visam garantir que os benefícios do Projeto sejam alcançados e a promoção as melhorias da qualidade de vida e ambiental da região semi-árida por onde passarão os canais. A responsabilidade de execução dos programas é do empreendedor.
Os programas são os seguintes:
• Programas de apoio às obras:
o Plano Ambiental de Construção – PAC: este programa define todas as medidas de preservação a serem adotadas durante a implantação do sistema de condução das águas e medidas específicas para o restante do empreendimento.
o Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos da Obra em Questões Ambientais, cujo objetivo é sensibilizar os técnicos e trabalhadores a respeito dos procedimentos de saúde, segurança e meio ambiente adequados às obras.
o Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos, com o objetivo de estudar o Patrimônio Cultural na área envolvida, identificar os sítios arqueológicos e executar o salvamento arqueológico do material coletado.
• Programas de preservação de açudes e rios do Semi-Árido:
o Programa de Indenizações de Terras e Benfeitorias, com o objetivo de criar um plano de indenização dos proprietários das terras que serão ocupadas pelos canais.
o Programa de Reassentamento de Populações, cuja meta é propiciar às populações a serem removidas condições sociais e econômicas no mínimo similares ou superiores às condições de vida atuais.
o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. Seu objetivo é a restauração ambiental nos locais afetados pela obra, executar a contenção de encostas da rede de drenagem e controlar os processos erosivos nas áreas que sofrerem a intervenção, controlar possíveis focos de vetores e recuperar a paisagem após as obras.
o Programa de Limpeza e Desmatamento dos Reservatórios, para manter a qualidade da água nos reservatórios.
• Programas compensatórios:
o Programa de Apoio Técnico às Prefeituras: a meta é dar apoio técnico e/ou financeiro às prefeituras de locais onde os efeitos do empreendimento seja sentido com mais intensidade. Para isto, prevê-se a melhoria do sistema viário, obras de saneamento, construção de escolas rurais e urbanas, melhoria da infra-estrutura de saúde e esporte e lazer.
o Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas, cujo objetivo é o suporte técnico e financeiro às comunidades atingidas, através de apoio a alternativas de produção, reforço a atividades artesanais, melhoria nos serviços de saúde e saneamento e apoio aos projetos da comunidade.
o Programa de Compensação Ambiental, que visa atender à Resolução CONAMA n. 002/96 e à Lei 9.985/2000, que estabelece que o empreendimento cuja implantação causa alterações no meio ambiente deve destinar, como medida compensatória, um montante equivalente a, no mínimo, 0,5% do seu valor global para o custeio de atividades ou aquisição de bens para Unidades de Conservação. Para isto prevê a preservação da vegetação de caatinga e a criação de Unidades de Conservação, bem como o apoio às já existentes.
o Programa de Conservação e Uso do Entorno e das Águas dos Reservatórios. Este Programa deve ser entendido como um instrumento de planejamento e gestão dos usos dos recursos naturais, relativo aos usos das águas e das áreas de entorno dos reservatórios.
o Programa de Implantação de Infra-Estrutura de Abastecimento de Água às Populações ao longo dos Canais. Este programa visa definir ações que viabilizem o acesso à água aos habitantes das áreas rurais que margeiam os canais e reservatórios.
o Programa de Fornecimento de Água e Apoio Técnico para Pequenas Atividades de Irrigação ao longo dos Canais para as Comunidades Agrícolas
o Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Atividades de Piscicultura. Visa promover o cultivo de peixes em tanques-rede para consumo local e em escala comercial.
o Programa de Apoio e Fortalecimento dos Projetos de Assentamentos Existentes ao longo dos canais. Foram mapeados oito assentamentos rurais na região do projeto, distribuídas nos municípios de Floresta (Pernambuco), Cajazeiras (PB) e Ipaumirim (CE). Prevê-se a realização de obras para disponibilizar a irrigação de 4 ha de terra por família de assentado nas regiões em que o solo local seja considerado de qualidade e quantidade para as atividades agro-pecuárias.
o Programa de Regularização Fundiária nas Áreas do Entorno dos Canais. Segundo estudo do INCRA, na região abrangida pelo projeto, cerca de 26% da área registrada são posses, ou seja, são áreas sem registro cartorial regular. Entretanto, a titularidade dos imóveis é ainda mais precária, pois apenas metade da área rural se encontra registrada no INCRA. Este programa visa promover a regularização fundiária das áreas potencialmente irrigáveis no entorno dos canais.
• Programas de controle e monitoramento:
o Programa de Monitoramento de Vetores e Hospedeiros de Doenças. Este programa prevê ações para identificação e prevenção de vetores e hospedeiros.
o Programa de Controle da Saúde Pública, que prevê a instalação de quatro subprogramas:
 Prevenção da Violência e Acidentes de Trânsito;
 Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis;
 Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos;
 Prevenção de Doenças de Veiculação Hídrica.
o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Limnologia, que prevê monitoramento constante da qualidade da água em presença de algas tóxicas nos mananciais aquáticos localizados na área do Projeto e, também, das alterações na qualidade da água próximas às cidades e às regiões irrigadas.
o Programa de Conservação da Fauna e da Flora, cuja meta é fornecer diretrizes para a conservação da flora e da fauna local e subsídios para sua gestão sustentável.
o Programa de Prevenção à Desertificação, que prevê ações como identificação de áreas mais frágeis para a flora e a fauna, redução do processo erosivo, rcomposição e proteção dos solos nas áreas degradadas, minimização dos riscos de salinização das águas e redução da fragmentação da caatinga.
• Programas complementares para gestão do projeto:
o Plano de Gestão,Supervisão e Auditoria Ambiental
o Programa de Comunicação Social
o Programa de Educação Ambiental
As controvérsias sobre o projeto
Aspectos geográficos e políticos
A polêmica em torno da transposição ocorre sobretudo em relação ao Eixo Norte, que prevê o desvio de águas para o Ceará. Isto porque o Eixo Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba utilizará rios dentro da própria bacia, o que não configura transposição. Além disto, segundo vários opositores da transposição, neste caso, há comprovada escassez para consumo humano, embora alguns questionem se não há opções mais econômicas.
O Rio São Francisco, após o ponto de captação no Eixo Leste, em seu trajeto até a foz é o limite geográfico do estado da Bahia com o estado de Pernambuco e entre Alagoas e Sergipe, constituindo-se no recurso hídrico mais importante desta região, que também é semi-árida e padece do problema de acesso à água por parte da população. A região do Baixo São Francisco, que corresponde ao trecho entre Paulo Afonso e a foz, possui municípios com os piores Índices de Desenvolvimento Humano do país. Após a construção das hidrelétricas no Médio São Francisco, o impacto na foz foi intensamente sentido: o mar avança rio adentro e dois povoados na foz foram destruídos, havendo a salinização do rio, o que vem prejudicando a agricultura nas margens próximas à foz. Por outro lado, o Ceará, a Paraíba e o Rio Grande do Norte são estados que não possuem rios perenes, portanto a idéia de perenizar alguns rios através da transposição ganhou grande adesão. Neste contexto, a proposta da transposição dividiu o Nordeste: de um lado, os estados doadores se posicionaram contra e os receptores, a favor. Criou-se uma disputa pelo acesso à água, recurso escasso naquela região.
Aspectos jurídicos
Tramitam no Supremo Tribunal Federal pelo menos 14 ações contra a transposição. Segundo Khouri, os seguintes aspectos estão sendo contestados:
• Terras indígenas:
O ponto de captação do eixo norte situa-se no território indígena Truká, já demarcado. Trechos dos canais situam-se também em território Truká em processo de demarcação pela Funai. O artigo 49, inciso XVI, estabelece que é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar a utilização de recursos naturais em Terra Indígena. Esta matéria não foi deliberada pelo Congresso Nacional. O artigo 231 torna obrigatória a consideração da opinião das comunidades afetadas pela utilização dos recursos hídricos que estejam em seu território, o que também não ocorreu.
• Normas de recursos hídricos:
O Plano de Bacia, aprovado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), permite que os recursos hídricos da Bacia podem ser aproveitados fora da mesma apenas para uso humano e animal em caso de comprovada escassez. No caso do projeto, a Agência Nacional de Águas já outorgou o uso para irrigação, carcinicultura e indústria, violando o Plano de Bacia e, por conseguinte, as Normas de Recursos Hídricos.
• Normas ambientais:
Os Estudos de Impacto Ambiental e os Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referem-se apenas aos canais de trasnposição e desconsideram os reais impactos negativos na Bacia do São Francisco e nas bacias receptoras. Os estudos que deveriam ter sido realizados antes da emissão da primeira licença (Licença Prévia) foram adiados para a fase de concessão da Licença de Instalação. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirma que estes estudos estão incompletos no seu parecer anterior à concessão da Licença de Instalação e por este motivo foi advertido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). À medida em que o projeto inicial foi sendo modificado, novos estudos deveriam ter sido efetuados, o que também não ocorreu. O estudo de alternativas ao projeto (Resolução Conama 01/86) é incompleto: a obra é comparada com as cisternas, ou com a não realização da obra. Segundo a autora, o projeto deveria ser comparado com o conjunto de alternativas de tecnologias sociais para a população difusa, e a implementação das proposições do Atlas do Nordeste para o meio urbano.








O Estado de Pernambuco é dividido em 5





Mesorregiões :








1. Mesorregião do São Francisco Pernambucano
É formada por duas microrregiõese abrange 15 municípios, com IDH médio 0,656.
Microrregiões
Itaparica
Composta por 7 municípios, também é banhada pelo Rio São Francisco em grande parte de seu território, e ao longo do rio intensa atividade agrícola é praticada, como na microrregião de Petrolina. Nas áreas rurais, predomina a pecuária extensiva. A indústria e o comércio são pouco representativos. Nela se localiza a usina hidrelétrica de Itaparica, da Chesf. População de 130 mil habitantes.

Municípios: Belém de São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta (Pernambuco), Itacuruba , Jatobá (Pernambuco) , Petrolândia (Pernambuco),Tacaratu.


Petrolina
Formada por 8 municípios, localizada perto do Rio São Francisco, tem mais de 15% do território do estado. Sua economia é bastante privilegiada pela umidade trazida pelo Rio São Francisco e da irrigação a partir dele, e pela localização da microrregião - ela equidista das mais importantes regiões metropolitanas do Nordeste - Recife, Fortaleza e Salvador, com as quais faz intensas trocas comerciais, em especial através do aeroporto de Petrolina, reformado para vôos regulares e recebimento de grandes aviões de carga nos anos 2000.
A cidade de Petrolina é a mais importante, têm indústrias e comércio presentes. População de 433 mil habitantes.
Municípios: Afrânio, Cabrobó ,Dormentes, Lagoa Grande (Pernambuco) ,Orocó , Petrolina , Santa Maria da Boa Vista , Terra Nova
2.Mesorregião do Sertão Pernambucano
É formada por quatro microrregiões.
É de clima semi-árido (Semi-árido), enfrenta longos períodos de seca, e apresenta algumas das maiores temperaturas do Brasil, é a região mais pobre e com menor densidade demográfica de pernambuco, sendo a maior cidade Serra Talhada, uma vez que Petrolina agora faz parte de uma nova mesorregião, a do São Francisco. A vegetação local é a Caatinga.
Microrregiões:

Araripina
A Microrregião de Araripina é formada por dez municípios, tem mais de 11% da área do estado (11792 km²). Seu clima é o semi-árido, e a vegetação é predominantemente de xerófilas. Apenas na região da Chapada do Araripe o clima é diferenciado - ameno e com índices pluviométricos maiores. Na economia da microrregião, tem grande destaque a produção de gesso - no Pólo Gesseiro do Araripe, que compreende os municípios de Araripina, Ipubi, Trindade, Bodocó e Ouricuri. Neste pólo são produzidos 95% do gesso consumido em todo o Brasil!!!

A maioria do gesso retirado das jazidas do pólo gesseiro é tratado em Araripina, cidade mais desenvolvida, rica e importante da microrregião. A segunda cidade em importância é Ouricuri, com posição estratégica na malha viária.

Municípios:Araripina ,Bodocó ,Exu (Pernambuco),Granito(Pernambuco) ,Ipubi ,Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz (Pernambuco), Santa Filomena, (Pernambuco) , Trindade (Pernambuco)

O Pólo Gesseiro do Araripe
Na região do Araripe situam-se reservas abundantes de gipsita. Correspondem a 18% das reservas brasileiras, mas seu teor de aproveitamento é bastante alto, devido às condições favoráveis de mineração, à pureza do minério, entre 88% e 98% (consideradas as melhores do mundo) e a localização estratégica, na fronteira dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. São extraídas 2,8 milhões de toneladas/ano e mais de 600 empresas envolvidas na atividade gesseira. São gerados cerca de 12 mil empregos diretos e 64 mil indiretos

Vale de Pajeú
A Microrregião do Vale do Pajeú é composta por dezessete municípios, tem clima semi-árido na maioria de seu território, sendo exceção a área de brejo de altitude, que compõe, por exemplo, a cidade de Triunfo, ponto mais alto do estado (cerca de mil metros de elevação). Tem a agropecuária mais desenvolvida do Sertão. A pequena atividade econômica da microrregião é em sua maioria movimentada pelo comércio, seguido da agropecuária. Na região de brejo de altitude, a atividade agrícola tem mais diversidade, inclusive fruticultura. Nas regiões baixas, a pecuária caprina e bovina prevalece e a agricultura predominante é a de subsistência.
A cidade mais populosa é Serra Talhada, seguida de Afogados da Ingazeira e São José do Egito. O Vale do Pajeú está retratado no livro de Luís Cristóvão dos Santos, Caminhos do Pajeú.
Municípios: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo, Tuparetama.
Salgueiro

A microrregião de Salgueiro é uma microrregião da mesorregião do Sertão Pernambucano. Localiza-se na região central do estado e porrui uma área de 8.834 km2. Formada por 7 municípios, tem clima semi-árido e vegetação de xerófilas. Sua economia é baseada em pecuária extensiva e agricultura de subsistência. Salgueiro é a cidade mais importante - cortada horizontalmente pela BR-232 e verticalmente pela PE-116, é passagem para os transportes de carga e pessoas vindas do Nordeste e Sudeste do país. É também a cidade mais populosa. São José do Belmonte é a segunda cidade mais importante, com reservas de minérios de ferro.
Municípios: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Verdejante.
Sertão do Moxotó
Formada por 7 municípios, tem clima semi-árido e pequena economia, em sua maioria concentrada na cidade de Arcoverde, que detém aproximadamente 50% da população urbana da microrregião. Arcoverde, situada entre a capital do estado e o extremo oeste dele, é um importante centro educacional, de saúde e de entidades governamentais do Sertão.

Municípios: Arcoverde, Betânia (Pernambuco), Custódia
Ibimirim, Inajá (Pernambuco), Manari, Sertânia.

3. Mesorregião do Agreste Pernambuco
A mesorregião do Agreste Pernambucano, extende-se por uma área aproximada de 24.400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão. Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de 1.800.000 habitantes (25% da população do Estado).
É subdividida em seis microregiões: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Garanhuns, Brejo Pernambucano e Médio Capibaribe.
Suas principais cidades são: Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Gravatá, Belo Jardim e Pesqueira nesta mesma ordem em números de habitantes segundo o censo do 2007 IBGE.

Microrregião do Vale do Ipanema
Formada por 6 municípios, sendo Águas Belas e Buíque os mais populosos. Tem clima semi-árido e área de 5274 km².
A economia é de pecuária extensiva e lavouras de subsistência.
Municípios: Águas Belas (Pernambuco),Buíque, Itaíba, Pedra (Pernambuco),Tupanatinga
Venturosa

Microrregião do Vale do Ipojuca
Localiza-se na Mesorregião do Agreste Pernambucano, ao longo da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
Características gerais:
Possui uma área de 720.099 km 2 e uma população de 720.099 habitantes. Abrange 16 municípios, é a microrregião do Agreste com maior urbanização. Possui cidades de importância interregional, como Caruaru.
Têm vários pólos industriais, sobretudo no setor alimentício.
O comércio na microrregião é o mais intenso do interior.
Também é praticada agricultura de diversas culturas e criação de gado.
Possui clima semi-árido em toda a região,havendo também clima tropical úmido nos poucos brejos existentes.

Municípios: Alagoinha (Pernambuco), Belo Jardim, Bezerros,
Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha (Pernambuco),
Capoeiras, Caruaru, Gravatá (Pernambuco), Jataúba, Pesqueira
Poção, Riacho das Almas, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano (Pernambuco), Tacaimbó.

Microrregião do Alto Capibaribe
A Microrregião do Alto Capibaribe é uma subdivisão da Mesorregião do Agreste Pernambucano, no estado de Pernambuco, formada por 9 municípios.
Em sua maioria, são municípios agrícolas rurais, com exceção de Santa Cruz do Capibaribe e Surubim, que detém 70% da urbanização da microrregião.
O município de Santa Cruz do Capibaribe se urbanizou rapidamente a partir dos anos 1970, com os pólos de confecção compostos por microempresas.
Possui o clima mais seco do agreste de Pernambuco e compõe uma das regiões mais áridas do Nordeste, juntamente com o Cariri (Paraiba) e o Seridó (Rio Grande do Norte).
Segundo censo do IBGE de 2007, a região possui 244.236 habitantes residentes.

Municípios: Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim,Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes.

A Microrregião de Garanhuns
É composta por dezenove municípios, tem mais de 5% da área estadual (5028 km²).
A economia é baseada na criação de gado de leite e de corte.
A agricultura praticada é de subsistência.
O comércio na região tem suas maiores concentrações em Garanhuns e Lajedo, Garanhuns que também é um pólo turístico importante da região, devido ao clima de temperaturas baixas, Os Municípios mais importantes e populosos da Microrregião de Garanhuns são: Garanhuns 124.996 hab, Lajedo 53.347 hab, Bom Conselho 43.397 hab, essa região é a mais fria do agreste pernambucano, sendo as cidades mais frias são: Garanhuns, Saloá, Jupi, Jucati e Lajedo.

Municípios: Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés (Pernambuco), Calçado (Pernambuco), Canhotinho, Correntes, Garanhuns, Iati, Jucati, Jupi, Jurema (Pernambuco), Lagoa do Ouro, Lajedo (Pernambuco), Palmeirina, Paranatama, Saloá, São João, Teresinha

Microrregião do Brejo Pernambucano
É composta por 11 municípios, abrangendo uma área de 2.462 km2, equivalente a 2,6% do território do estado.
O clima semi-árido, tem locais de clima ameno e alta pluviosidade, os brejos áreas de exceção de climas com menores temperaturas .
São praticadas diversas atividades agrícolas, como cultivo de frutas, hortaliças e café.
Os municípios de maior população são Bonito, Panelas e Altinho.
Municípios: Agrestina, Altinho, Barra de Guabiraba, Bonito (Pernambuco), Camocim de São Félix, Cupira, Ibirajuba,
Lagoa dos Gatos, Panelas, Sairé, São Joaquim do Monte.

Microrregião do Médio Capibaribe
Composta por 10 municípios, sendo Limoeiro o de maior população.
A economia é basicamente de pecuária mista e de corte.
A agricultura praticada é de subsistência.

Municípios: Bom Jardim, Cumaru, Feira Nova, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho)
São Vicente Ferrer.

SE LIGA!!!!!!

Características geográficas Agreste

Geologicamente a região está situada sobre o Planalto do Borborema em uma altitude média entre 400 a 800 metros, sendo que em alguns pontos como nas microrregiões de Garanhuns e do Ipojuca, as altitudes podem chegar 1000 metros.
Devido ao relevo acidentado o clima na região apresenta-se variado, ficando a cargo do relevo, que em certas microrregiões devido à altitude apresenta temperaturas menores e índices pluviométricos mais generosos, localmente essas região são conhecidas como Brejos de Altitude, e em outras, geralmente barlavento, um clima mais quente e árido.
No mais, mostra-se uma área de transição, apresentando assim um clima tropical semi-úmido, com seu período de chuvas mais concentrado entre os meses de abril a julho.
A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas, mas apresentando, um tempo de estiagem menor que a do sertão, devido a sua proximidade do litoral. Os índices pluviométricos podem variar em cada microrregião

Municípios: Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado
Canhotinho, Correntes, Garanhuns, Iati, Jucati, Jupi, Jurema,
Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Saloá
São João, Teresinha.

4. Mesorregião da Mata Pernambucana

É formada por três microrregiões está inserida entre a RMR e o Agreste.
A economia é em geral baseada em monocultura intensiva canavieira, e o relevo e representado pela meias-laranjeiras, mares de morros, ou relevo mamelonizado.

Microrregiões

Mata Meridional Pernambucana
A Microrregião da Mata Meridional Pernambucana é composta por 21 municípios, é o mais importante centro de cultivo de cana de açúcar do estado.
O clima é predominantemente pseudotropical, com fortes chuvas no outono e inverno.
Localizada no sul do estado, seu litoral tem algumas das mais belas praias do estado, como Tamandaré, Barra do Sirinhaém e São José da Coroa Grande.
Tem como principal cidade Palmares, que influencia toda região com seus mais de 60 mil habitantes e com seu centro comercial.

Municípios: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria
Catende, Cortês, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco Maraial, Palmares, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso São Benedito do Sul, São José da Coroa Grande, Sirinhaém,Tamandaré, Xexéu

Mata Setentrional Pernambucana
É formada por dezessete municípios e abrange uma área de 3.200 km², o que corresponde a 3,25% do território estadual. Possui uma população de 541.428 (censo IBGE 2000) - 6,84 da população de Pernambuco. sendo os economicamente mais importantes Goiana, Timbaúba e Carpina.
Há presença de indústria canavieira, e também de tecelagem, entre outras atividades agrícolas e industriais.
Há também alguma presença de cultura de agricultura de subsistência.

Municípios: Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina
Condado, Ferreiros, Goiana, Itambé, Itaquitinga, Lagoa do Carro, Lagoa do Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata
Paudalho, Timbaúba, Tracunhaém, Vicência

Vitória de Santo Antão
É formada por cinco municípios.
A densidade demográfica da microrregião é de 187,09 habitantes por km², mais do dobro da média estadual.
Seu município mais importante é o de mesmo nome, Vitória de Santo Antão, importante centro comercial do interior pernambucano, distante cerca de 42km da capital.
A microrregião é economicamente dependente do cultivo de cana de açúcar da região

Municípios: Vitória de Santo Antão, Chã de Alegria, Chã Grande, Glória do Goitá, Pombos.

5. Mesorregião Metropolitana do Recife
É formada por quatro microrregiões. pertencem a região metropolitana do Recife os seguintes municípios:
Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Ilha de Itamaracá, Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Moreno, Igarassu, Itapissuma, Araçoiaba.
A origem institucional da Região Metropolitana do Recife data dos nos anos 70 (1973), embora a identificação do fenômeno metropolitano remonte a meados do século XX, quando o urbanista pernambucano Antônio Baltar (1951) caracteriza o Recife – município sede e núcleo da região - como cidade transmunicipal / cidade conurbada / cidade metropolitana.
Desde então, a vida urbana do Recife se integra a dos municípios vizinhos, que, em relação a ele, conformam o aglomerado metropolitano de mais alto nível de integração - Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.
Inicialmente composta por 9 municípios, a RMR ampliou esse número, ao longo de três décadas, seja por expansão de seu perímetro, seja por desagregação de municípios no seu interior, integrando, atualmente, 14 municípios – Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Recife e São Lourenço da Mata.

Microrregiões

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha ou Fernão de Noronha é um arquipélago pertencente ao estado de Pernambuco, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Constitui um Distrito estadual de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser um território federal cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km do Recife e a 360 km de Natal.
Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.
Mergulho: Fernando de Noronha é um local de Mergulho recreativo de nível internacional. Com águas quentes ao seu redor, mergulhos a profundidade de 30 a 40 metros podem ser feitos agradavelmente sem necessidade de usar roupa de neoprene.
Próximo a ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62 metros de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.
A ilha conta com três operadoras de mergulho, oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço.
Além disso, o arquipélago conta com interessantes pontos de mergulho livre, como a piscina natural do Atalaia, o naufrágio do Porto de Santo Antônio, a laje do Boldró dentre outros.
O arquipélago possui diversificada vida marinha, sendo comum observar diversas espécies de peixes recifais, tartarugas e eventuamente tubarões e golfinhos.
Problemas ecológicos
Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.
Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que atualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência.
Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo que se pede aos visitantes que preserve a Mata Atlântica insular, em recuperação.
Outra espécie invasiva é o lagarto localmente conhecido como teju, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A idéia não funcionou uma vez que os ratos são noturnos e o teju diurno. Actualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos.
Parque Nacional Marinho
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha possui uma variedade de fauna e flora únicas. O parque, criado em 1988, ocupa a maior parte do arquipélago. Embora protegido pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído.
A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem. Ótimo local para turismo, porém, devido a fiscalização do IBAMA, algumas das ilhas tenham a visitação controlada.
TPA- A taxa é cobrada de acordo com os dias de permanência na Ilha. No entanto, se, por acaso, você sair antes do período programado e já tenha pago, terá direito à restituição da diferença antes de embarcar para o continente.
Da mesma forma, se resolver prolongar a visita, o valor referente aos dias a mais será cobrado no dia do embarque. E o pagamento pode ser feito à vista, cheque, cartões de crédito, dólar etc.
O valor da taxa é R$ 36,69 por dia e deve ser pago no aeroporto no momento do desembarque ou pela internet. Existe também uma taxa de preservação que deve ser paga para fazer as trilhas e custa em média R$ 9,00.

Microrregião de Itamaracá
A Microrregião do Itamaracá, formada por Itapissuma, Itamaracá e Igarassu, fica dentro da RMR. É altamente urbanizada, e tem no litoral famosos sítios históricos, como a cidade de Itamaracá, além das bonitas paisagens da ilha de mesmo nome.
Municípios:
Microrregião de Araçoiaba: O relevo do município está inserido predominantemente na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros. A vegetação nativa é a Floresta subperenifólia, com partes de Floresta subcaducifólia e transição cerrado/ floresta.
Araçoiaba insere-se nos domínios do Grupo de Bacias Hidrográfica de Pequenos Rios Litorâneos e tem como principais tributários são os Rios Tabatinga, Jarapiá, Cumbe, Pilão, Água Choca e Catucá, e os riachos Sto. Antônio, Purgatório, Xixó, Trapuá, Sete Córregos e d’Aldeia. Alguns têm regime perene. Conta ainda com a Barragem de Botafogo, com capacidade de acumulação de 28.800.000 m3.
Microrregião de Igarassu
População: 82.277, Zona urbana: 75.739, Zona rural: 6.538
Relevo Igarassu localiza-se na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros.
Vegetação
A vegetação nativa é composta por Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia e transição Cerrado/ Floresta.
Hidrografia
O município situa-se nos domínios do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Costeiros e tem como principais tributários os rios Igarassu, Palmeira, Jarapiá, Cumbé, Catucá, Botafogo, Itapicuru, Tabatinga, das Pacas, Paripe, Conga, Bonança, Utinga, Monjope e Maniquara, além dos riachos Jardim, Sto. Antônio, do Acio, do Paulo, Arrombado e o Arroio Desterro, todos de regime perene. Conta ainda com o açude Botafogo, com capacidade de armazenamento de 28.800.000 m³.

Perfil econômico
Atividades principais, Agroindústria, voltada para o setor de álcool e de açúcar. Principais produtos: Banana, cana-de-açúcar,mandioca, coco e feijão.
Fonte IBGE - Censo Demográfico 2000
Acesso
Rodovia PE-035 (Integração do S.E.I.),BR-101, PE-015 e PE-001

Turismo
Centro Histórico Há Museus e Igrejas no seu Centro Histórico, assim como um interessante Casario. A igreja mais antiga do Brasil, dedicada a São Cosme e Damião, ainda está em pé está neste local. O conjunto histórico do nucleamento da cidade foi tombado pelo IPHAN, com 396.202 m².

Praias
Praia dos Marcos
É a praia onde desembarcou Duarte Coelho em 1535, onde hoje existe uma réplica do marco divisório entre as capitanias de Pernambuco e Itamaracá. O marco original enontra-se no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. Localiza-se no Canal de Santa Cruz, entre o continente e a ilha de Itamaracá, é apropriada para esportes náuticos.
Praia do Capitão
Esta praia é também chamada de Mangue Seco. Possui 1.500 metros de extensão, águas pouco profundas e recuo de cerca de 500 metros na maré baixa.
Praia da Gavoa
Possui uma extensão de cerca de 1.000 metros. O grande recuo da maré permite o acesso à ilhota da Coroa do Avião na maré baixa.
Ilhota da Coroa do Avião
Trata-se de uma ilhota ainda em formação, com áreas de grande deposição de sedimentos e áreas sujeitas à erosão. Possui 20.000 m², unindo-se ao continente na baixa-mar.

Microrregião de Itapissuma: O município insere-se na unidade geoambiental das Baixadas Litorâneas do Nordeste. A vegetação é constituída por Florestas Perenifólias de Restinga.
Itapissuma encontra-se nos domínios do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos e tem como principais tributários os rios Botafogo, Arataca, Tabatinga e das Pacas, todos de regime perene.
É considerado Patrimônio da Humanidade pela ONU por possuir resquícios da Mata Atlântica bastante preservados.

Microrregião de Itamaracá:
A sua população estimada em 2008 é de 18.412 habitantes.
O município situa-se na unidade geoambiental das Baixadas Litorâneas do Nordeste, apresentando dunas, restingas e mangues. A vegetação nativa é composta por floresta perenifólia e de restinga.
Itamaracá insere-se no domínio do grupo de bacias de pequenos rios litorâneos. Tem como principais tributários os rios Paripe e Jaguaribe. Os cursos d'água são perenes e de pequena extensão. Conta ainda com a lagoa Pai Tomé.
Turismo
Distante cerca de quarenta quilômetros do Recife, a ilha oferece ao turismo praias de águas calmas, com coqueiros, piscinas naturais, recifes e bancos de areia. Também é procurada para a prática de esportes náuticos.
Além das reservas ecológicas com remanescentes da Mata Atlântica, abriga o Centro de Preservação do Peixe-Boi.
No extremo sul da Ilha ergue-se o Forte Orange, construído pelos neerlandeses no contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil. Vizinha ao forte localiza-se uma das comunidades mais antigas de Pernambuco, a Vila Velha, hoje habitada por pescadores.
Ainda ao sul da ilha encontra-se a ilhota conhecida como Corôa do Avião. Constitui-se em um banco de areia que se formou na década de 1980 por força das correntes marinhas e que atualmente abriga, além de pequenas barracas que servem comida regional, a Estação de Estudos sobre Aves Migratórias e Recursos Ambientais da Universidade Federal de Pernambuco, voltada para o estudo das aves migratórias.
Além das atrações turísticas, o município abriga três presídios: um para doentes mentais (HCTP), um de alta segurança (PPBC) e um de regime semi-aberto (PAISJ).

Microrregião de Suape
Formada pelos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Sua principal atividade econômica é relacionada ao porto de Suape, o maior do Nordeste e o segundo maior do país. Também há diversas indústrias, especialmente do ramo petroquímico no município do Cabo, e intenso pólo turístico nas praias do município de Ipojuca.

Município Cabo de Santo Agostinho
Relevo
O relevo do Cabo de Santo Agostinho está inserido nas Superfícies Retrabalhadas, que na região litorânea de Pernambuco e Alagoas, é formada pelo “mar de morros” que antecedem o Planalto da Borborema.
Vegetação
A vegetação nativa é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Hipoxerófila.
Hidrografia
A leste, o município é banhado pelo Oceano Atlântico e está inserido nos domínios do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos. Seus principais tributários s ão os Rios: Gurjaú, Jaboatão, Araribá, Pirapora, Cajabuçu, Jasmim e Arrombados, e os riachos das Moças, Contra Açude, do Cafofo, Noruega, Santa Amélia, Utinga de Cima, Utinga de Baixo, Algodoais e o Arroio Dois Rios, todos de perenes.
No município estão os açudes Pirapama (60.937.000 m³), Sicupema (3.200.000 m³), as represas Gurjaú, Cotovelo e Água Fria, e a Lagoa do Zumbi.
Turismo
Cabo de Santo Agostinho possui varias reservas ecológicas, e belas praias conhecidas em todo país, como Gaibu, Calhetas e Paraíso. Existem muitas opções para relaxar e praticar esportes aquáticos, como o surf. O verão as pousadas e hotéis recebem uma grande quantidade de turistas de todos os países do mundo.
Além das belas praias, outras opções do município são os monumentos históricos. Lá podem ser encontrados velhos engenhos entre eles o mais conhecido o Engenho Massangana que guardam parte da história do município. Outros pontos conhecidos são a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e as ruínas do convento carmelita, que datam do final do século XVI, e o Forte Castelo do Mar, construído em 1631 pelos portugueses com granito do próprio município do Cabo, para proteger a área dos holandeses.
Artesanato o Cabo tem uma produção bastante diversificada, baseada na produção de cerâmicas. Entre as festas típicas do município está a Festa da Lavadeira, que acontece todos os anos no dia 1º de maio, na praia do Paiva. O evento, que começou de forma simples como uma reunião de pescadores, hoje reúne milhares de pessoas na praia do Paiva. Nas festas juninas, uma atração extra: o Trem do Forró: o percurso do trem era originalmente do Recife até Caruaru, mas nos anos recentes tem ido até o Cabo.
Economia
A economia do município assenta em atividades de agricultura, indústria, comércio e prestação de serviços, principalmente em torno do Porto de Suape. Conta também com dois Jornais de grande circulação, O Jornal Pinzón, que resgata o nome do navegador espanhol Vicente Yanes Pinzón, e o Jornal Tribuna Popular, um semanário com notícias do Cabo de Santo Agostinho e Região adjacente.
Litoral
O litoral do cabo de Santo Agostinho é marcado pelas seguintes praias: Praia do Paiva, Itapuama, Pedra do Xaréu, Enseada dos Corais (antiga praia do Boto), Gaibu, Praia de Calhetas, Praia do Cabo de Santo Agostinho, Paraíso (antiga praia da Preguiça), Suape.

Municipio Ipojuca
Localiza-se a 08º23'56" de latitude sul e 35º03'50" de longitude oeste, a uma altitude de 10 metros. Segundo a contagem populacional realizada pelo IBGE em 2008, o município conta com 74.059 habitantes. Ocupa uma área de 527,32 km².
Acesso
Distância do Recife: 57 km. Acessos: PE-60 e BR-101 (via Cabo de Santo Agostinho); duplicadas até a entrada para Suape, e com pista simples e trechos sinuosos até Porto de Galinhas.
Turismo
A principal característica turística do município não poderia deixar de ser a praia mundialmente famosa de Porto de Galinhas, eleita sete vezes consecutivas a "melhor opção de praia do Brasil" pela revista Viagem & Turismo, cuja principal atração são as piscinas naturais visitadas por milhares de turistas anualmente.
Entre os muitos pontos históricos encontra-se o Convento de Santo Antônio, fundado em 1606 e tombado pelo patrimônio histórico nacional em 1937. Ele representa um grande marco do povoamento do município.
E a chaminé do extinto vulcão em Camela.
Economia
Por conta das praias visitadas por turistas de todas as partes do mundo, Ipojuca tem como um dos principais fatores econômicos o turismo. A rede hoteleira é bastante desenvolvida, assim como a gastronômica.
O município de Ipojuca também é considerado um dos grandes pólos industriais de Pernambuco, pois ali estão situadas algumas grandes empresas surgidas ao redor do Porto de Suape. Em 2005, a Petrobras anunciou a construção de uma refinaria de petróleo em Ipojuca, justamente para aproveitar as facilidades de Suape; a refinaria certamente trará significativo crescimento adicional para a indústria da região.
Além disso, por estar localizada na Região Metropolitana do Recife, também tem o setor de serviços e a indústria de transformação bastante desenvolvida. Ainda existem algumas usinas de açúcar funcionando no município.
Além de Ipojuca, a Região Metropolitana abriga também os municípios de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Paulista, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Araçoiaba e Moreno.

Microrregião do Recife
A Microrregião do Recife é formada por oito municípios, incluindo a capital de mesmo nome e o município mais antigo do estado, Patrimônio Cultural da Humanidade, Olinda. Tem economia baseada em comércio, serviços e indústria. Os pólos industriais estão concentrados na capital, e em Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu e Lima.
Sua população é de 3.274.441 habitantes, numa área total de 1.250,3 km² e densidade demográfica de 2.618,92 habitantes/km².

Municipio População
Abreu e Lima
92.242
Camaragibe
136.381
Jaboatão dos Guararapes
665.387
Moreno
52.830
Olinda
391.433
Paulista
307.284
Recife
1.533.580
São Lourenço da Mata
95.304
Total 3.274.441

FIQUE LIGADO!!
Região Metropolitana de Recife avança menos que Pernambuco no IDH, Oito das 14 cidades progrediram mais lentamente que o Estado entre 1991 e 2000, aponta Atlas do Desenvolvimento Humano no Recife, A maior parte das cidades da Região Metropolitana do Recife, incluindo as mais populosas, avançou menos do que Pernambuco no IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), embora
permaneça com um padrão mais elevado do que a média do Estado. É o que mostra o Atlas do Desenvolvimento Humano no Recife, que inclui um conjunto de estudos analíticos e um amplo banco de dados de indicadores socioeconômicos sobre a capital pernambucana.
Os estudos concentram-se nas desigualdades internas, mas também traz comparações do Recife com outras cidades brasileiras, como as da região metropolitana. Os dados mostram, por exemplo, que a Região Metropolitana do Recife abriga, numa área de 2.766 quilômetros quadrados, padrões de
desenvolvimento humano similares aos do México (Recife) e da Letônia (Paulista) e, numa outra ponta, equivalentes ao de Gabão (Araçoiaba) e Mongólia (Ipojuca).

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