sexta-feira, 23 de janeiro de 2009


CLIMA
I. TEMPO ATMOSFÉRICO
É o estado momentâneo da atmosfera em um determinado local.Para determiná-lo, faz-se a constatação dos fenômenos atmosféricos ou elementos do clima: temperatura, pressão, vento, umidade e precipitações (como chuva, granizo e neve). Como esses fenômenos variam freqüentemente, até num mesmo dia, o tempo também varia constantemente.
É correto utilizar a expressão "Tempo Bom"? Apesar de muito comum, é imprecisa, relativa. O correto é utilizar: quente, frio, úmido, seco, chuvoso, ventoso, nublado.
II. CLIMA
É o conjunto de variações do tempo atmosférico de uma área específica. Para determinar o clima de um local é necessário analisar o comportamento dos fenômenos atmosféricos dessa área por um longo período (aproximadamente 30 anos), para se constatar os períodos de chuva, sua quantidade, os meses mais quentes, mais frios, etc., que se repetem mais ou menos, ano a ano. III. FORMAÇÃO DOS VENTOS
Os ventos, deslocamentos do ar atmosférico, surgem com o movimento de algumas partes da atmosfera। Eles geralmente são ocasionados pelas diferenças da pressão atmosférica, decorrentes de alterações da temperatura. Veja abaixo um esquema simplificado do que ocorre:

IV. MASSAS DE AR ou SISTEMAS ATMOSFÉRICOS
Segundo o geógrafo G. Trewartha as massas de ar são "uma porção extensa e espessa da atmosfera, cuja temperatura e umidade são aproximadamente homogêneas".
As massas de ar podem se movimentar de maneira semelhante à dos ventos, em geral de locais mais frios para os mais quentes, ou ainda de locais com maior pressão para os de pressão mais baixa.
O ar que compõe a atmosfera está em constante movimento em virtude das diferenças de pressão. Apesar de suas variações, pode-se, em geral, delimitar algumas áreas com predominância de altas pressões e outras onde predominam as baixas pressões, que inclusive vão determinar a circulação geral da atmosfera.
É no interior dessa circulação geral que se estabelece a dinâmica das massas de ar, grandes responsáveis pela determinação dos diferentes tipos climáticos.
O que é uma massa de ar?
É uma grande porção da atmosfera, com milhares de quilômetros quadrados de extensão.
Quando se forma?
Quando um grande volume de ar permanece em repouso ou se move lentamente sobre superfícies continentais ou oceânicas.
Regiões de origem?
Local onde a massa de ar se forma e adquire as características de temperatura, pressão e umidade, que serão praticamente as mesmas em toda a sua extensão.
Como se deslocam?
Principalmente em função das diferenças de pressão atmosférica e do movimento de rotação da Terra.
Por que as massas de ar se deslocam de uma área para outra da superfície terrestre?
A energia solar é uma verdadeira "máquina climática": aquece a Terra e a atmosfera e provoca a evaporação da água dos oceanos, rios, lagos e mares. Calcula-se que no Golfo do México, num dia de verão, a energia calorífica do Sol provoque a evaporação de 2.300.000 litros de água por hora. Ela é também responsável pelo movimento das massas de ar (vento). Sendo assim, é correto afirmar que a "energia solar é o motor de toda a circulação atmosférica de nosso planeta".
Entre a zona intertropical e a zona de média e de alta latitude, ocorrem trocas térmicas. O ar quente das zonas tropicais chega até os pólos e o ar frio destes alcança as zonas tropicais e a região equatorial, mas, em ambos os casos, as qualidades de origem das massas de ar chegam alteradas.
Os movimentos do ar (massas de ar e ventos resultam da distribuição desigual de energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes. A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica e, conseqüentemente, no movimento das massas de ar e dos ventos, pois os deslocamentos do ar ocorrem de uma área de alta pressão (baixa temperatura) para uma área de baixa pressão (temperatura alta).
O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão ou ciclonal. O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas latitudes, desce, fazendo surgir uma área de alta pressão. Uma vez que há tendência das massas de ar igualar essas pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os trópicos e os pólos passando pelas zonas de médias latitudes.
As áreas frias ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas anticiclonais.
As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa latitude), como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas ciclonais.
V. AS FRENTES
Ao se deslocarem, as massas de ar se encontram. Nesse contato, elas não se misturam: uma empurra a outra, de tal forma que aquela que avança com mais intensidade faz com que a outra retroceda, impondo a ela suas características, o seu tipo de tempo.
A zona de contato entre duas massas de ar diferentes recebe o nome de frente ou superfície frontal।

फ्रेंते fria.
Quando a massa de ar frio avança, fazendo o ar quente recuar, trata-se de uma frente fria। Como a massa de ar frio é mais densa, pois o ar frio é mais pesado, ela obriga o ar quente a subir, provocando a formação de nuvens.

A passagem da frente fria provoca queda de temperatura, pois o ar aquecido é deslocado, e, em seu lugar, fica o ar mais frio. À medida que o ar se esfria, diminui a sua capacidade de conter vapor de água, ou seja, diminui o ponto de saturaçãओ

Diminuindo o ponto de saturação da atmosfera, ocorrem as precipitações, como por exemplo, as chuvas। Quanto às chuvas, as frentes frias rápidas provocam precipitação do tipo pancadas, enquanto as frentes frias lentas provocam precipitação de caráter contínuo. Nos mapas as frentes frias são representadas por uma linha preta com pequenos "picos". (veja legenda do gráfico abaixo).

Por outro lado, temos uma frente quente quando o ar quente avança sobre o ar frio. Este recua a baixa altitude, pois é mais pesado, enquanto o ar quente, mais leve, sobe uma espécie de rampa deixada pelo ar frio.
A área de frente quente é mais extensa, e sua passagem, além de provocar aumento de temperatura, ocasiona intensa nebulosidade। Nos mapas, as frentes quentes são representadas por uma linha preta com semicírculos.

Não. Jamais confunda uma frente fria com uma massa de ar frio. Uma massa de ar tráz consigo as características de sua região de origem; caso tenha se formado nos pólos ela poderá ser bastante fria; se nos trópicos, bastante quente. Uma frente fria é uma faixa de transição que separa duas massas de ar com características meteorológicas diferentes, sendo geralmente acompanhada de chuvas e trovoadas. 2. VÁRIAS VEZES NA TELEVISÃO INFORMARAM QUE HAVIA PASSADO UMA FRENTE FRIA, PORÉM, EU NÃO SENTI FRIO!
Está é uma situação bastante normal. Se porventura a temperatura máxima de um determinado dia for de 35º C e estiver prevista a passagem de uma frente fria, isto não quer dizer, necessariamente, que você vai sentir frio após a passagem da frente. Significa que vai chover no seu bairro ou sobre alguma cidade vizinha, mas a temperatura poderá cair apenas 5º C, ficando, portanto, a máxima do dia seguinte com 30º C; o que refrescará um pouco, porém o tempo ainda permanecerá bastante quente.
3. QUAL A LARGURA QUE COSTUMA TER ESTA FAIXA DE TRANSIÇÃO QUE SEPARA DUAS MASSAS DE AR, CHAMADA DE FRENTE?
Normalmente esta faixa ou zona frontal, cheia de nuvens, chuvas, ventos e trovoadas, costuma ter, em superfície, uma largura de cerca de 100 km. A nebulosidade associada a ela pode ter cerca de 300 km de largura; porém, em certos pontos da América do Sul, não raro, um sistema frontal, com seu complexo de nebulosidade e chuvas, é tão extenso que pode atravessar do Oceano Pacífico ao Atlântico e pode ter uma largura que cubra os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, simultaneamente.
4. O QUE ACONTECE APÓS A PASSAGEM DE UMA FRENTE FRIA?
Depois da passagem da frente fria, o clima se torna mais ameno, e a pressão atmosférica cai mais lentamente. O céu brilha um pouco enquanto espessos nimbos-estratos dão lugar a estratos-cúmulos. Em breve, o céu pode se abrir inteiramente. Mas a bonança dura pouco. Densos cúmulos avisam que uma frente fria está chegando, na qual o ar polar frio avança rispidamente abaixo do ar tropical úmido e quente. A frente fria declina de forma muito mais abrupta do que a frente quente, e fortes correntes de ar ascendentes podem dar início a violentas tempestades. Enormes cúmulos-nimbos podem se formar ao longo de toda a frente, trazendo chuva pesada e até tormentas em sua passagem. Mas, embora as tempestades possam ser intensas, elas terminam em mais ou menos uma hora. Enquanto a frente se afasta, o ar se torna mais frio e logo as nuvens se dispersam, deixando apenas alguns cúmulos.

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